Clipping Banco Central (2021-02-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Selic

%lobal, de preocupação justiça da com o meio ambiente
e de falta de recursos para o auxílio emergencial.


O governo teria menos com o que se preocupar,
contudo, caso tivesse adotado uma política econômica
consistente e sustentável durante a pandemia. Isso teria
evitado a grande desvalorização cambial, e seu impacto
sobre o preço dos combustíveis.


Melhor ainda se tivesse proposto adicionalmente uma
reforma tributária que garantisse que todas as
decisões de consumo fossem igualmente oneradas, em
vez do regime atual, que penaliza demasiadamente a
energia.


O governo descuidou, além disso, da agenda de
reformas para controlar o crescimento do gasto público
obrigatório, o que facilitaria acomodar o auxílio
emergencial sem aumentar, ainda mais, a dívida
pública, que pode sair de controle.


Frente à sua própria incapacidade para tratar dos
problemas estruturais, o Planalto sucumbiu, novamente,
à força bruta. Não dará certo.


O semestre será difícil, com inflação alta e desemprego.
Em meio a tudo isso, os números oficiais de vacinas
parecem distantes da realidade. A tragédia se confirma
com a incompetência na saúde se somando à da
economia.


Difícil gerar empregos e ampliar a oferta de serviços
essenciais sem a segurança de que não haverá
oportunismo por parte do xerife de plantão que interfere
em empresas de capital aberto e que se utiliza de
instrumentos da ditadura para constranger quem o
critica pela imprensa.


A democracia e a economia se beneficiam de
instituições fortalecidas e de regras do jogo que
garantam a boa gestão, as divergências de ideias, o
empreendedorismo e as inovações.


O Planalto, contudo, parece incapaz de compreender os
desafios da gestão pública. Em vez de cuidar dos


problemas, repete o velho mantra do populismo,
optando por inventar teses conspiratórias.

O atual governo se alimenta do combate a inimigos
imaginários. Já foram os comunistas, a China,
governadores, o Supremo, a imprensa, alguns ministros
e presidentes de empresas públicas, como o BNDES.
Agora foi a vez da Petrobras. Quem será o próximo
inimigo inventado pelo Palácio para justificar os seus
fracassos?

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Selic, Banco Central - Perfil 1 - Bancos Centrais, Banco
Central - Perfil 2 - Gestão Pública, Banco Central - Perfil
3 - Reforma Tributária
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