(PT-20210127) Exame Informatica

(NONE2021) #1
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„ O iPhone 12 é indiscutivelmente um smartphone com uma boa
qualidade de construção e isso sente-se quando o temos na mão.
Mesmo esta versão XL do Pro Max é confortável na mão e transmite uma
sensação premium. O rebordo é em aço inoxidável e o Gorilla Glass marca
presença no painel traseiro e dianteiro. O ecrã OLED de 6,7” leva ainda
uma camada de cristais cerâmicos nanométricos para proteger contra
potenciais riscos. Destaque-se a certificação IP68, que faz com que
este smartphone possa ser colocado debaixo de água até 30 minutos à
profundidade máxima de 1,5 metros. Até nos conseguimos habituar ao
design sui generis das câmaras traseiras, mas o entalhe gigantesco onde
está colocada a câmara TrueDepth, o microfone e os altifalantes estéreo
estraga a estética e faz com o rácio ecrã/corpo se fique pelos 87,4%.

„ O iPhone 12 não traz carregador na caixa, apenas um cabo Lightning
para USB-C. A Apple refere que é uma decisão para minimizar
o impacto ambiental (reduzir as emissões de carbono e evitar a
extração e utilização de materiais preciosos), mas esse embuste já
foi desmistificado com as contas de que os carregadores da marca
representam 0,05% no total do lixo eletrónico anual. É possível que já
tenha um carregador de iPhone em casa que possa usar, mas se, por
exemplo, for um utilizador de Android a mudar agora para iOS terá de
fazer um investimento extra neste acessório. Um ponto particularmente
grave porque a autonomia continua a ser um dos calcanhares de Aquiles
do iPhone e porque o preço do terminal é muito elevado. Infelizmente,
a decisão da Apple parece que até pode vir a ser legitimada por outras
marcas que aparentam estar dispostas a tomar uma decisão similar.

„ Os nossos benchmarks são claros: o iPhone 12 Pro Max é o
smartphone mais poderoso que já passou pelo nosso laboratório.
O mérito vai, em grande parte, para o processador A14 Bionic de 5
nanómetros e seis núcleos (2x 3,1 GHz + 4x 1,8 GHz) e para o Apple
GPU de quatro núcleos. O armazenamento no modelo que analisámos
é escasso, mas há disponíveis versões de 256 GB por €1399 e de 512
GB por €1629. A integração com o novo iOS 14 está bem conseguida
e gostámos particularmente das funcionalidades ligadas à segurança
e privacidade, que, por exemplo, aumentam a transparência ao
mostrar que apps estão a tentar aceder aos nossos dados.

segundos antes e depois de tirar uma
fotografia) ou em modo Profundidade
e na gravação de vídeo.

E COMO SE REFLETE
TUDO ISTO NA PRÁTICA?
Os dois argumentos que acabámos de
analisar apelam mais a utilizadores pro-
fissionais, mas o que está guardado para
o utilizador mais comum, aquele que
segue o modo preferencial ‘apontar e
disparar’? Bem, a nossa experiência de
utilização disse-nos que o mesmo que
pode encontrar nos topos de gama An-
droid de marcas como a Samsung e a
Huawei. Atenção, isto não quer dizer
que os resultados sejam iguais, como
vamos explicar adiante, porque cada
marca aposta em aspetos diferentes, mas,
no cômputo geral, consideramos que as
três fabricantes estão equilibradas. Um
exemplo claro: falámos nos diferencia-
dores Dolby Vision e ProRAW do iPhone,
mas, apesar da melhoria notória, o modo
Noite da marca de Cupertino (agora tam-
bém disponível nas câmaras TrueDepth
e ultra grande angular) ainda não está ao
nível do apresentado por um Mate 40
Pro ou um P40 Pro da Huawei. O mesmo
princípio pode ser aplicado ao zoom. O
iPhone 12 Pro Max apresenta um zoom
ótico de 2,5x e um digital de 12x, longe
dos valores de 50x e 100x que já testámos
nas câmaras periscópio de terminais da
Huawei e da Samsung.
Numa altura em que até terminais de
gama média apostam em quatro câmaras
traseiras, a Apple mantém-se fiel às três
de 12 MP dispostas em formato de triân-
gulo equilátero. A complementá-las está
um sensor LiDAR, que tem a capacidade
de medir o tempo que a luz demora a ser
refletida num objeto e consegue criar um
mapa de profundidade do espaço, abrin-
do as portas para o potencial da Realidade
Aumentada e ajudando nos retratos em
modo Noite. Foi, aliás, na captação dos
rostos, tanto com as câmaras traseiras
como com a frontal, que sentimos uma
das grandes vantagens do iPhone, com
aplicação de um suave efeito bokeh, em
que se desfoca o fundo. Para ajudar estão
disponíveis os já conhecidos seis efeitos
de iluminação de retrato: Natural, Es-
túdio, Contorno, Palco, Palco mono e
High-Key mono. Contudo, houve situa-
ções em que nos pareceu que havia um
abuso dos filtros a ‘alisarem-nos’ a pele.
O estabilizador de imagem é convincen-
te, revelando-se uma ajuda preciosa no
vídeo. Paulo Matos

HÁ VIDA ALÉM DA IMAGEM


GRANDE ANGULAR DE 12 MP, ABERTURA DE ƒ/1,6,
DISTÂNCIA FOCAL DE 26 MM, 1,7 μM PÍXEIS,
OBJETIVA DE 7 ELEMENTOS, ESTABILIZAÇÃO
ÓTICA DE IMAGEM COM MOVIMENTO DO SENSOR


ULTRA GRANDE ANGULAR DE 12 MP,
ABERTURA DE ƒ/2,4, CAMPO DE VISÃO DE
120°, DISTÂNCIA FOCAL DE 13 MM, OBJETIVA
DE 5 ELEMENTOS, CORREÇÃO DA OBJETIVA

TELEOBJETIVA DE 12 MP,
ABERTURA DE ƒ/2,2, DISTÂNCIA
FOCAL DE 65 MM, OBJETIVA DE
6 ELEMENTOS, ESTABILIZAÇÃO
ÓTICA DE IMAGEM


TOF 3D LIDAR SCANNER
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