(PT-20210127) Exame Informatica

(NONE2021) #1
46

NOTA FINAL DESEMPENHO

CARACTERÍSTICAS

QUALIDADE/PREÇO

BENCHMARK
CINEBENCH R20 CPU MULTI

8000

APPLE
MACBOOK
AIR M1

MACBOOK
AIR 2019
(INTEL
CORE i5)
DESCONTINUADO€1099

1692

6771

BENCHMARKS
Geekbench 5.3 1726/7507 (sigle/multi) z Cinebench
R23 1493/6771 (single/multi) z Autonomia 16h02
(reprodução de vídeo 4K)

gms-store.com/pt

4,3


CARACTERÍSTICAS
Ecrã 13,3” (2560x1600) ○ Processador Apple M1 (CPU 8
cores, GPU 7 cores, 16 cores neurais) ○ Memória 8 GB
(não expansível) ○ SSD de 256 GB ○ Wi-Fi 6, Bluetooth 5.0 ○
2x USB-C (Thunderbolt) ○ 304x212x16 mm ○ 1,29 kg

JOGOS
Fraco

PRODUTIVIDADE
Excelente

CRIATIVIDADE
Bom

AUTONOMIA
Excelente

O APPLE M1?


O M1 não é apenas um
processador geral (CPU), é um
System On Chip (SOC), uma
arquitetura típica de smartphones.
O M1 integra as componentes
CPU (processamento geral),
GPU (processamento gráfico),
motor neural (processamento
de aprendizagem máquina e
inteligência artificial), memória
cache, unidades de controlo de
comunicação e até memória
RAM. Esta integração permite
maior eficiência e acelera as
comunicações entre as diferentes
unidades. A componente CPU
é constituída por oito núcleos
de duas variáveis: quatro para
aplicações mais exigentes
e quatro de baixo consumo
energético. Deste modo, o
consumo dos computadores é
ainda mais baixo quando estão
a executar aplicações que não
necessitam do desempenho extra.
A componente GPU é constituída
por sete ou oito núcleos de
processamento (sete no caso
do M1 usado no MacBook Air
aqui testado, o mais acessível).
As frequências são variáveis,
podendo atingir velocidades
maiores nos Mac M1 com
dissipador ativo (ventoinha). No
caso dos MacBook Air,
não há qualquer ventoinha
para arrefecer o M1.

adequada (bate no limite muito rápido),
o que afeta negativamente a ergonomia.

VEREDICTO
O MacBook Air M1 demonstra que a nova
tecnologia de processamento da Apple
representa um dos maiores saltos qua-
litativos da história recente da compu-
tação pessoal. Nunca houve um portátil
tão eficiente, sobretudo em tarefas de
produtividade. Quem gosta do ecossis-
tema Mac, tem no MacBook Air M1 uma
excelente proposta para companheiro de
estrada. A autonomia é tanta que, durante
este mês de utilização intensiva, até nos
esquecemos várias vezes de onde dei-
xámos o carregador. Sabemos que não é
momento para isso, mas com o MacBook
Air M1 podemos fazer uma viagem de
dois ou três dias e deixar o carregador
em casa se a utilização for do tipo ‘office’.
Em termos de aplicações de criatividade,
o Air consegue fazer coisas que nunca
se conseguiu num ultraportátil de baixo
consumo. No entanto, ainda será necessá-
rio esperar mais tempo para o desenvolvi-
mento de aplicações otimizadas para o M1
na área da criatividade profissional para
percebermos até que ponto faz sentido
investir neste sistema. Podemos dizer
que o Air M1 tem desempenho q.b. para
as aplicações de criatividade pessoais, mas
não é uma solução adequada aos profissio-
nais. Neste segmento, as placas gráficas
de alto desempenho ainda fazem muita
diferença e levam a melhor sobre a capa-
cidade de processamento gráfica do M1.
O mesmo se pode dizer para jogos. Este

Air precisou apenas de 12% da bateria
para fazer o teste enquanto a máquina
Windows gastou mais de 50%!

O MAU
Apesar de, como referido, ser possível
instalar apps para iOS, a experiência está
longe de estar bem conseguida. Aspetos
como a adaptação ao formato do ecrã e
a falta de capacidade tátil do MacBook
Air prejudicam muitas das apps. E há
muitas aplicações que, simplesmente,
não estão disponíveis. Talvez porque as
respetivas produtoras percebam que a
experiência não é boa. Considerando
o histórico da Apple, é difícil perceber
porque é que a empresa sequer per-
mite instalar apps que resultam numa
experiência tão negativa. No mínimo,
a instalação de apps iOS nos Mac M1
deveria ser rotulada de beta.
A máquina propriamente dita não im-
pressiona por aí além. Atualmente, já é
habitual vermos ultraportáteis com mol-
duras de ecrã bem mais finas que as deste
MacBook Air, o que permite uma maior
área útil do ecrã e/ou um portátil mais
compacto. A webcam, tão importante
neste período de pandemia, tem apenas
uma qualidade satisfatória, gostaríamos
de ter maior conectividade e capacidade
de expansão e o teclado tem um curso
curto e a resistência das molas não é a mais

Faz falta uma
terceira porta
USB-C e uma
saída DisplayPort
ou HDMI


MacBook corre muito bem jogos típicos
de smartphones e tablets, mas não tem
capacidade para lidar com os títulos mais
exigentes. Nem seria de esperar que isso
acontecesse. Na verdade, o desempenho
deste Air é tão elevado que acabamos
por cair na ratoeira de compará-lo com
outras máquinas mais caras, maiores e
mais pesadas. Não nos podemos esquecer
que estamos a falar de um ultraportátil
que pode ter autonomia medida em dias
e nem tem ventoinhas para arrefecer o
interior. Sérgio Magno
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