Sínteses de autores-secundário.2021

(José Nuno Araújo) #1
O essencial (guia prático) de Português – ensino secundário

 João da Ega (amigo e companheiro de Carlos); Eusebiozinho (típico homem educado à maneira
portuguesa); Alencar (falso moralista, defende a crítica literária de natureza académica); Conde de Gouvarinho
(era ministro); Sousa Neto (era deputado); Palma Cavalão (diretor do jornal “Corneta do Diabo”); Dâmaso
Salcede (filho de um agiota, presumido cobarde); Steinbroken (diplomata); Cohen (banqueiro); Craft (inglês);
Condessa de Gouvarinho (imoral e sem escrúpulos); Cruges (maestro e pianista); Tancredo (amante de Maria
Monforte); Sr. Guimarães (conhecido de Maria Monforte que trouxe as provas do parentesco de Carlos com
Maria Eduarda); Rufino (Poeta).

Espaço
Espaço físico:
 Portugal, mais concretamente Lisboa e arredores, Santa Olávia (quinta dos Maia perto do Douro);
 Coimbra, na época estudantil de Carlos;
 Inglaterra, durante o exílio de Afonso da Maia;
 Itália e Paris, após o casamento de Pedro com Mª Monforte como recusa à não concordância de Afonso
para tal casamento.

Espaço social: a ação decorre em ambiente de requinte e com personagens da alta burguesia da época.
Alguns exemplos:
Espaço Social: Crítica social implícita em cada espaço:
Jantar no Hotel Central crítica à literatura, às finanças, à história e à política
Corrida de Cavalos crítica ao atraso da sociedade lisboeta e à sua falta de civismo
Jantar dos Gouvarinho crítica à ignorância das classes superiores
Imprensa (reuniões na redação de
A Tarde ) e a Corneta do Diabo )


crítica à corrupção e a manipulação do real para benefício
próprio
Sarau do Teatro da Trindade episódio que critica a superficialidade dos temas de conversa, a
insensibilidade artística, a ignorância dos dirigentes, a oratória oca
dos políticos e os excessos de ultrarromantismo
Passeio de Carlos e Ega crítica à vida de Carlos e ao estado deplorável do país
Toca crítica à degeneração em Lisboa, com a mudança de Maria Eduarda para
a casa dos Olivais


Espaço psicológico:
O espaço psicológico remete-nos para a consciência das personagens e manifesta-se em momentos dramáticos
da vida da “Família Maia”. Neste espaço o narrador desnuda as personagens, o que implica a presença da
subjectividade e põe em causa a estética naturalista.

Tempo
Nesta obra o tempo divide-se em tempo cronológico (encadeamento de três gerações entre 1820 e 1887) e
tempo do discurso (inicia-se no outono de 1875 e termina em janeiro de 1887). Há ainda a referir o tempo
histórico, ou seja, a época do realismo e naturalismo em que a obra foi elaborada (séc. XIX). Por vezes, são
utilizadas elipses, ou seja, “saltos” no tempo, podendo ser analepses ou prolepses.

Ação
N` “Os Maias” podemos distinguir dois níveis de ação:
 A crónica de costumes – ação aberta;
 A intriga – ação fechada.
Nota: “Episódios da vida romântica” revela como era a vida lisboeta na segunda metade do séc. XIX.
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