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A
Huawei apontou bem para cima
quando decidiu desenvolver
este MatePad Pro. Logo que o
retiramos da caixa percebemos que es-
tamos perante um aparelho premium,
construído com materiais nobres e com
um design bem conseguido. A lista de
características técnicas inclui a melhor
tecnologia do momento, com destaque
para o mais poderoso processador móvel
da Huawei, o Kirin 990, que integra um
processador gráfico com 16 núcleos! Sim,
se está a pensar “este tablet tem melhores
specs que o meu portátil”, é provável que
tenha razão.
PORTÁTIL OU TABLET
Um tablet não é capaz de substituir total-
mente um PC. Esta é uma regra (ainda)
inegável. Parte importante do software
que usamos diariamente é exclusivo do
PC. Mas isto não significa que os tablets,
que, no caso do Android, se tornaram um
género de ‘espécie rara’, não façam sen-
TABLET COM
PERFORMANCE
DE PC
HUAWEI MATEPAD PRO €699,99
tido. Muitas vezes os tablets permitem
uma melhor experiência que os portáteis.
Não nos referimos apenas ao óbvio, como
portabilidade e autonomia, mas mesmo
ao desempenho em algumas aplicações.
Por exemplo, a experiência de usar algu-
mas plataformas no ensino à distância,
como o Webex ou o Zoom, podem ser
melhor nos tablets que em portáteis de
baixo custo: apps mais rápidas e mais
fáceis de usar.
O mesmo se pode dizer para quem pre-
cisa apenas de software de gestão pessoal
e ferramentas de produtividade simples,
como folhas de cálculo, acesso à Inter-
net e correio eletrónico. A reatividade e
eficiência de um tablet, com software
criado para ser leve e bem-adaptado à era
da Internet, pode fazer toda a diferença.
DESEMPENHO E AUTONOMIA
A moldura do MatePad Pro é muito fina.
Não ao nível dos smartphones mais avan-
çados, mas a mais fina entre os tablets.
Bom porque permite mais ecrã em menos
espaço. Mas há alguns inconvenientes
associados à moldura fina: não há sen-
sor de impressões digitais e a câmara
frontal (selfies) rouba algum espaço ao
ecrã. Relativamente à posição da câ-
mara, inicialmente pensámos que iria
ser uma distração inconveniente, mas
depois de alguns dias a usar o MatePad
Pro, acabámos por nem nos lembrarmos
que lá estava.
Sente-se mais a falta de sensor de im-
pressões digitais. Como o teste foi feito
muitas vezes a usar a máscara de pro-
teção, que impedia o reconhecimento
correto, acabámos por usa PIN, o que não
é tão prático quanto o reconhecimento
de impressões digitais.
Quanto ao botão Home, não faz fal-
ta alguma já que o controlo por gestos
da interface EMUI 10, que corre sobre o
Android 10, é muito intuitiva e prática.
A performance está espelhada nos
benchmarks. Este é, certamente, um
dos mais poderosos tablets do momento.
Ainda mais em jogos. Todos os títulos que
experimentámos, por mais exigentes que
fossem, correram de modo fluído e com
gráficos carregados de pormenor.
Quanto à autonomia, já se sabia que
o Kirin 990 é muito eficiente. A forma
como utiliza a componente de inteligên-
cia artificial para adequar o desempenho
ao software que está a ser executado ga-
rante uma relação desempenho/consu-
mo líder no mercado. E quanto juntamos
a isto uma bateria com mais de 7000
mAh, o resultado são dias de autono-
mia em utilização ocasional e até dois
dias em utilização mais intensiva. Por
A câmara
frontal (selfies)
está num
furo num dos
cantos do ecrã
O controlo por
gestos dispensa
os botões de
navegação
Android
O estilete
ergonómico e
preciso é uma
clara mais-valia
deste tablet
O ecrã IPS
apresenta
imagens com
grande nitidez,
é muito brilhante