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VIAGEM
AO CENTRO
DA TERRA
No fundo do Atlântico, ali no triângulo entre
Açores, Madeira e Canárias, serão instalados
35 sismómetros, numa missão sem pre-
cedentes. Espera-se que com a colocação
destes aparelhos seja possível compreender
melhor os fluxos no manto terrestre, numa
região mal estudada, apesar de ser conside-
rada “um laboratório natural.” À frente deste
ambicioso projeto, denominado UPFLOW,
está a investigadora portuguesa Ana Ferrei-
ra, a trabalhar em Londres, no University
College, que para o levar adiante acabou de
receber um financiamento de 2,8 milhões de
euros, do Conselho Europeu de Investigação.
Esta viagem ao manto terrestre começará nos
30 quilómetros de profundidade e irá até aos
três mil. Os sismómetros permanecerão 18
meses nas profundezas do oceano, para de-
pois serem recolhidos e os dados analisados.
“O objetivo é compreender o movimento de
subida para a superfície da Terra do material
rochoso que compõe o manto terrestre”,
explica-se na página da Universidade. Isto é
importante porque em última análise o man-
to controla a ocorrência de sismos, erupções
vulcânicas e a formação de montanhas. O
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
e o Instituto Dom Luiz também farão parte
do projeto, nomeadamente no transporte
do material e dos cientistas. S.S.
ARANHAS NO ESPAÇO:
À PROCURA DA LUZ
São com certeza as aranhas mais fotografadas da história. Durante dois meses,
duas aranhas a bordo da Estação Espacial Internacional foram fotografados a
cada cinco minutos, por três câmaras diferentes. Mais do que apreciadores da
beleza do animal, os cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, queriam
perceber de que forma a ausência de gravidade afeta esta espécie. Em Terra,
as aranhas constroem redes assimétricas, com o centro desviado para cima, e
em descanso mantêm a cabeça virada para baixo, para poderem contar com a
ajuda da gravidade a apanhar as presas. Da primeira vez que se quis perceber
o impacto da ausência de gravidade, a experiência correu mal e acabou com
uma nuvem de moscas à solta no reservatório, tapando a lente. À segunda
tentativa fizeram-se 14 500 fotos, tanto às aranhas como a mais de cem teias.
Desta forma, tornou-se claro que quando construídas em gravidade zero as
teias são mais simétricas do que as terrenas: o centro é mais próximo do meio
e as aranhas nem sempre mantêm a cabeça para baixo. Exceto na presença de
luz, situação em que se comportam como em Terra. No artigo publicado na
revista Science of Nature, os cientistas avançam que à falta de gravidade a luz
serve como orientação. “Não estávamos à espera de que a luz tivesse qual-
quer impacto na orientação no espaço. Tivemos muita sorte por as lâmpadas
estarem pregadas ao topo da câmara e não espalhadas. Só assim foi possível
tirar esta conclusão", admitiu o cientista Samuel Zschokke. S.S.
PORQUE
Os Apple M1 foram criados
para máxima eficiência
energética e fazem sentido
em portáteis e até nos iMac.
Mas nos Mac Pro, o tipo de
utilização é outra e os Xeon
da Intel são mais apropriados
PORQUE
O beta do Full Self Driving já
chegou a utilizadores nos EUA,
mas a certificação para
a Europa será mais difícil.
Não só pelas exigências,
mas também por razões de
proteção das marcas europeias
PORQUE
A Samsung já desenvolve
processadores há muito,
mas deverá usá-los mais
regularmente para conseguir
melhores otimizações
com o hardware. O efeito
Apple M1 é evidente
PORQUE
A Nintendo está contente
com os resultados da
Switch e deverá prolongar
a vida da consola com uma
atualização do hardware. Mais
desempenho e compatibilidade
com os jogos atuais
MAC PRO COM CHIPS
M1 ESTÃO PRÓXIMOS
TESLA AUTÓNOMOS
EM 2021
SAMSUNG APOSTA
EM CHIPS PRÓPRIOS
NINTENDO SWITCH
4K EM 2021
32
%
44
%
64
%
84
%
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