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DESEMPENHO NOTA FINAL
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
SENSOR DE APERTAR
SENSOR DE TOQUE
SENSOR DE DESLIZE
DIAFRAGMA
VER MAIS ALÉM
HUAWEI X GENTLE MONSTER
EYEWEAR II (SMART LANG) €349,99
D
epois de termos testado os Bose Frames no ano passado,
voltamos a colocar à prova uns óculos de sol que podem
sem emparelhados com o smartphone para reproduzir
música ou atender chamadas. O conceito parece saído de um
filme de James Bond, mas nem todos os gadgets têm capacidade
para estar nas mãos do 007... Paulo Matos
A opção da Huawei por um design sóbrio
é compreensível. Afinal de contas, nestes
Gentle Monster não é a estética o fator
diferenciador e o apelo visual tem de ser
universal. Confortáveis no nariz, os Eyewear II
têm, contudo, hastes um pouco grossas, o que
coloca alguma pressão nas orelhas, apesar da
armação até ser ligeiramente arqueada para
ajudar na ergonomia. O modelo que recebemos
para teste foi o Smart Lang, mas há outros com
larguras ligeiramente diferentes. A dobradiça
elástica nos lados da armação é feita de liga de
titânio para aumentar a durabilidade.
Os controlos táteis provocaram-nos reações mistas: tanto
funcionavam às mil maravilhas, como deixavam de funcionar de
todo. Percebemos que a falha não é do hardware, já que os Eyewear
II reconhecem bem os comandos com duplos toques ou deslizes
para ajustar o volume, passar faixas e ativar o Google Assistant.
O problema é que, mesmo num smartphone com EMUI, a ligação
perdia-se algumas vezes, tínhamos de definir manualmente os
Gentle Monster como a saída de áudio outra vez e quase que
começar tudo do zero para que os comandos voltassem a ser
reconhecidos. Refira-se que, quando tudo está a funcionar bem,
somos brindados com uma mensagem de boas-vindas quando
colocamos os óculos e que retirá-los pausa a reprodução do áudio.
Quando testámos os Eyewear II no
evento de apresentação, ficámos muito
impressionados com a qualidade do
áudio. Contudo, fora desse ambiente
controlado, o sentimento foi o oposto.
Há um claro predomínio dos agudos
e poucos graves, o que resulta num
som embrulhado e pouco definido. Há
músicas, pelas suas características, onde
o efeito é minimizado, mas a experiência
global não cativa quem é exigente. Por
outro lado, em chamadas o som foi muito
apreciável, tanto para quem está a usar
os óculos como para quem está ‘do
outro lado da linha’. Como os altifalantes
das hastes estão direcionados para os
ouvidos do utilizador, o som consegue
manter-se relativamente privado, isto é,
não é totalmente percetível para quem
está por perto.
Medimos uma autonomia que
ronda os valores anunciados: 5 h em
reprodução de música e 3,5 h em
chamada de voz. Para carregar os
Eyewear II é preciso colocá-los na bolsa
de transporte (de duplo fecho) e ligar o
cabo USB-C fornecido a uma fonte de
energia. Esta bolsa tem boa qualidade
de construção e transmite uma
sensação de produto premium.
Começar a usar estes óculos é tão
simples quanto emparelhar qualquer
outro wearable. Carrega-se num botão
da caixa de transporte para ativar o
emparelhamento e vamos ao menu de
Bluetooth do smartphone terminar o
processo. Curiosamente, no Huawei P30
Pro que utilizámos neste teste, tivemos
de explicitar manualmente que a saída
de áudio deveria ser pelos Eyewear. É
possível recorrer à app AI Life para ter
informações extra sobre o wearable:
nível de bateria, tutoriais dos gestos,
atualizações de software, etc.
QUALIDADE DE SOM
Fraco
CONFORTO
Bom
CONTROLOS
Bom
AUTONOMIA
Bom
consumer.huawei.com/pt
3
CARACTERÍSTICAS
2 colunas, 2 microfones ○
Diafragma de 128 mm ○
Bluetooth 5.2 ○ IP54 ○ Bateria
de 85 mAh ○ Autonomia
anunciada: reprodução de
música – até 5 horas; chamada
de voz – até 3,5 horas ○ 44,2 g
UM WEARABLE
DIFERENCIADOR,
MAS QUE AINDA
TEM ARESTAS
PARA LIMAR,
ESPECIALMENTE
NO CAMPO DA
QUALIDADE DO ÁUDIO