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NOTA FINAL DESEMPENHO
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
stadia.google.com
4
Os centros de dados ficam encarregues
de dar o poder computacional, o utilizador
apenas precisa de um ecrã para jogar
É possível utilizar
um comando da
PlayStation 4 ou
da Xbox One para
jogar no Stadia por
USB ou Bluetooth
A subscrição do Stadia permite
reivindicar alguns jogos de forma
gratuita e dá descontos noutros
Valhalla no smartphone, retomarmos o
nosso ponto de gravação no portátil pes-
soal que temos ou até no computador do
trabalho que nem sequer tem uma gráfica
dedicada. Saliente-se que o facto de não
recorrer ao GPU do dispositivo em que se
joga permite também que, num portátil,
por exemplo, a autonomia do dispositivo
seja maior já que não está a puxar pela
gráfica a requerer a entrada em cena dos
sistemas de dissipação.
Se no smartphone Android apenas
precisa da app, no PC basta usar o Chro-
me para jogar em stadia.google.com/
home. Na maioria das vezes, o jogo cor-
reu com uma resolução elevada, fluidez
e latência reduzida. Infelizmente, não
podemos apresentar números específicos
sobre a resolução a que corre cada jogo
e a quantos fotogramas por segundo. A
Google não disponibiliza nenhuma fer-
nibilização da funcionalidade “stream
em direto” que permite transmitir di-
retamente para o YouTube ou através de
outro software. É igualmente possível
enviar convites para amigos se junta-
rem ao nosso jogo e podem realizar-
-se inquéritos para impactar a decisão
durante um stream. A funcionalidade
Connect pareceu-nos particularmente
interessante, já que permite partilhar
o ecrã em tempo real com os colegas
(estilo Picture-in-Picture) – muito útil
em títulos de co-op, embora ainda só
possa ser aplicada em pouco jogos (To m
Clancy’s Ghost Recon Breakpoint, The Crew
2 e Orcs Must Die! 3, por exemplo).
OS “MAS” PARA O FUTURO
A interface gráfica do Stadia ainda precisa
de trabalho. Notámos diferenças (para
melhor) desde o dia em que começámos a
testar o serviço até o dia em que estamos
a escrever este artigo e o mais provável é
que elas continuem a ocorrer. A opção
por um look ‘despido’ não é necessa-
riamente má, mas uma empresa como a
Google não contar aqui com um campo
de pesquisa é estranho.
No evento de apresentação do Stadia
em Portugal, os responsáveis da Google
chamaram a atenção de que esta não
era a primeira incursão da tecnológica
no mundo dos jogos (já se aventurou no
YouTube Gaming e é responsável pela
Play Store, onde estão milhares de apps
de jogos). Parece um pormenor intro-
dutório, mas é mais do que isso. É uma
espécie de afirmação de compromisso
para o futuro. Algo que é essencial numa
época onde a forte concorrência já tem
serviços de subscrição como o PlaySta-
tion Now e o GamePass... A Google preci-
sa de fincar o pé, de demonstrar que veio
para ficar e isso ainda não está vincado no
catálogo de jogos que disponibiliza para
Portugal. Exclusivos que marquem a di-
ferença? Não há nem parece que surjam
em breve. Há os grandes jogos que estão
nas outras plataformas, como Cyberpunk
2077 , mas a preços idênticos. Como está
atualmente, gostaríamos que o Stadia
Pro disponibilizasse mais títulos fortes
de forma gratuita. Paulo Matos
É POSSÍVEL
JOGAR NA TV?
Sim, mas... A Google refere
que, para tal, é necessário
um Chromecast Ultra e que o
único controlador homologado,
nesta fase, é o do Stadia.
ramenta para tal e as outras mais usadas
não se aplicam neste caso porque enten-
dem que estamos perante um streaming
de vídeo. Resta-nos a medição ‘a olho’.
4K a 60 fps não nos pareceu frequente,
demos por algum upscale e nem todos os
jogos são capazes da mesma resolução e
dos mesmos fps elevados. Globalmente,
a nota é claramente positiva, mas não
é imaculada, já que também tivemos
momentos em que os fotogramas por
segundo baixaram tanto que tornaram
a jogabilidade impossível durante alguns
instantes. O tempo de carregamento ini-
cial dos jogos não é escasso, mas tem a
vantagem de nunca ser preciso ter de
instalar atualizações.
Outro ponto importante é a utilização
de um comando. O oficial Stadia não se
encontra à venda no mercado nacional,
embora o serviço da Google permita que
se utilize um DualShock 4 da PlayStation
ou um da Xbox One por USB ou Blue-
tooth. No smartphone pode usar-se um
comando virtual, em que os botões são
simulados no ecrã, mas é pouco práti-
co e acaba por ficar-se com demasiado
‘ruído’ num ecrã de dimensão reduzida.
A Google também pisca o olho aos
criadores de conteúdos com a dispo-