Clipping Banco Central (2021-02-26)

(Antfer) #1

Bolsonaro deve dar comando da Secom a um almirante


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 2 - TCU

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Autor: Daniel Carvalho, Gustavo Uribe e Ricardo Delia
Coletta


Brasília O presidente Jair Bolsonaro (sempartido)
decidiu nesta quinta-feira (25) que vai alterar o comando
da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da
Presidência da República, que atualmente é chefiada
pelo empresário Fabio Wajngarten.


A ideia é pôr a estrutura de comunicação sob o
comando do atual chefe da SAE (Secretaria de
Assuntos Estratégicos), almirante Flávio Rocha, que
deverá acumular as duas funções.


Caso seja confirmada a alteração, o presidente
pretende nome ar Wajngarten para um posto de
assessor especial da Presidência da República,
provavelmente em São Paulo, para onde o secretário
costuma viajar com frequência, Essas ausências foram
um dos principais motivos para seu desgaste dentro do
governo.


A tendência é a de que a Secom, pelo menos por
enquanto, siga subordinada ao Ministério das


Comunicações, de Fábio Faria. O almirante e o ministro
são próximos e, no início do mês, viajaram juntos em
missão diplomática para Ásia e Europa.

Segundo três pessoas ligadas ao presidente, Faria foi o
responsável por articular a ida do almirante para a
Secom e, por isso, a troca não significa uma
militarização da comunicação do governo, apesar de
Rocha ainda estar na ativa.

A saída de Wajngarten ocorre após um histórico de
desentendimentos do empresário não só com a
imprensa, com sua própria equipe e com Fábio Faria,
como também com o gabinete da Presidência da
República, sobretudo envolvendo a política de
comunicação durante a pandemia do coronavírus. As
críticas chegavam a Bolsonaro, que já vinha
demonstrando descontentamento com o empresário.

Segundo relatos feitos à Folha, a cúpula militar
reclamou mais de uma vez com o presidente sobre
notas à imprensa divulgadas pela Secom que, na
avaliação dela, deveríam ter sido produzidas pelo
Ministério da Saúde, responsável pela resposta à crise
sanitária.

Diante do agravamento da crise sanitária, o ministro da
Saúde, general Eduardo Pazuello, chegou a contratar
um marqueteiro para comandar a comunicação da
pasta, na tentativa de centralizar na Saúde as respostas
à pandemia.

No Palácio do Planalto, porém, sempre houve
desconfiança sobre Marcos Eraldo Arnoud, mais
conhecido como Markinho Show. Auxiliares do
presidente dizem, sempre sob reserva, que ele tentava
conquistar o posto de Wajngarten Além das quedas de
braço sobre a pandemia, no final do ano passado,
Wajngarten e Faria tiveram um desentendimento em
relação à estratégia de comunicação do governo
federal. Segundo assessores presidenciais, os dois
fizeram as pazes em janeiro, mas o episódio irritou
Bolsonaro.
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