Clipping Banco Central (2021-02-26)

(Antfer) #1

Bolsonaro se cala sobre mortes


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Brasil
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Pedro Guimarães

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Autor: Dibyangshu Sarkar/AFP


No dia em que o Brasil completou um ano desde seu
primeiro caso confirmado de covid-19 e ultrapassou
oficialmente a marca de 250 mil mortos pela covid-19, o
presidente Jair Bolsonaro encerrou, ontem, sua
transmissão ao vivo nas redes sociais sem dar uma
palavra sobre o número de óbitos. Durante a live, a
única menção que fez à crise sanitária foi para lançar
dúvidas sobre a efetividade do uso de máscaras na
prevenção contra o contágio pelo vírus -- algo que é
recomendado pelas autoridades de saúde.


Ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães --
que, assim como Bolsonaro, não usava qualquer
proteção facial --, o presidente alegou ter tido acesso a
um suposto estudo alemão segundo o qual máscaras
fariam mal a crianças. Mas, como de hábito, não
apresentou a fonte da afirmação que fez.


"Começam a aparecer os efeitos colaterais. Cada um
tem sua opinião sobre máscaras, eu tenho a minha",


comentou, na contramão das evidências de que o
equipamento reduz o risco de transmissão do
coronavírus.

Vacina sem registro

Enquanto Bolsonaro nada falava sobre as mortes e
pandemia, ao mesmo tempo o Ministério da Saúde
divulgava a assinatura do contrato, ontem, para a
compra de 20 milhões de doses da vacina indiana
Covaxin, desenvolvida pela Bharat Biotech. A pasta
investiu R$ 1,614 bilhão para a obtenção do imunizante,
que começa a chegar ao Brasil no próximo mês.

Existe, porém, um problema: a Covaxin ainda não
possui permissão para uso emergencial aprovado pela
Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) e, por
isso, não poderia ser aplicada nos brasileiros caso
estivesse disponível.

Até o momento, a Anvisa não recebeu nenhum pedido
de uso emergencial, nem de registro definitivo da
Covaxin --apenas um pedido para a realização de
pesquisa clínica de fase 3 da vacina no Brasil. A
solicitação foi apresentada pelo laboratório Precisa
Farmacêutica, parceiro da Bharat. A agência aguarda a
complementação de dados para iniciar a avaliação da
solicitação.

Segundo o ministério, "os primeiros 8 milhões de doses
do imunizante devem começar a chegar já no mês de
março, em dois lotes de 4 milhões, a serem entregues
entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato", disse,
em nota, a pasta. O que representa que o primeiro lote
de 4 milhões de injeções só deve ser entregue no final
do próximo mês. Em abril, o Programa Nacional de
Imunização (PNI) espera receber mais 8 milhões de
doses e, em maio, é esperado o último lote de doses,
com 4 milhões de unidades.
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