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(Antfer) #1

Editorial Econômico - Lançamento de imóveis diminui, vendas crescem


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Com a chegada da pandemia de covid-19, no primeiro
trimestre do ano passado, a evolução das vendas de
imóveis residenciais novos e a dos lançamentos
passaram a apresentar um descompasso, que se
acentuou no segundo semestre. Assim, as vendas
alcançaram 189.857 unidades no ano passado, com
aumento de 9,8% sobre o resultado de 2019 (172.902),
enquanto os lançamentos totalizaram 151.782 unidades,
com redução de 17,8% ante o ano anterior (184.761
residências).


É o que mostram os indicadores imobiliários nacionais
aferidos pela Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (Cbic).


Como consequência dessa disparidade, o estoque
(unidades novas, na planta e em obras) diminuiu 12,3%.
O nível no encerramento do ano, de 164.786 unidades,
é considerado saudável pela Cbic. Considerando-se o
ritmo de vendas de 2020, seriam necessários 10,4
meses para o escoamento do estoque. No fim de 2019,
pelo mesmo método de cálculo, eram necessários 13
meses. Houve melhora no indicador.


O principal mercado do País, o do Sudeste, registrou
queda de vendas no ano passado, mas as demais
regiões compensaram essa perda. Como o Sudeste
responde por metade do mercado nacional, o resultado
total mostra o vigor das outras regiões.

O fato de as vendas terem crescido no ano da
pandemia é atribuído ao ambiente de juros baixos e aos
estímulos à compra de imóveis para moradia ou para
investimentos. Entre os fatos que levaram à queda do
volume de lançamentos estão o adiamento de muitos
projetos por causa das restrições ao funcionamento do
comércio e as incertezas econômicas decorrentes da
pandemia, que afetou duramente a atividade das
empresas e as condições de vida da população.

O resultado final, na avaliação do presidente da Cbic,
José Carlos Martins, "foi muito positivo". Os números de
2020 foram superiores aos que se projetavam no início
da pandemia. A maioria dos setores da economia
registrou queda no ano passado.

A previsão para 2021 é de crescimento do mercado
imobiliário, mas a Cbic aponta dois fatos que podem
colocar em risco a expansão. Um deles é a alta de
alguns insumos e a falta de alguns materiais de
construção. Outro é a redução do orçamento anual do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que
atende a população de baixa renda.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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