Clipping Banco Central (2021-02-26)

(Antfer) #1

Resistência a fim de piso atrasa votação que destravaria auxílio


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Renato Machado e Thiago Resende


A insistência do governo federal em manter a proposta
de extinção dos mínimos constitucionais para saúde e
educação resultou em um grande revés nesta quinta-
feira (25), atrasando a votação que destravaria o auxílio
emergencial.


Parlamentares governistas se depararam com o risco de
atrasar em pelo menos duas semanas a tramitação da
proposta e por isso agora sinalizam recuo na
desvinculação.


A equipe econômica já admite uma derrota nessa
disputa, mas prioriza a aprovação de outras medidas
relacionadas ao ajuste das contas públicas.


Nesta terça-feira (23), após reunião de líderes, o
Senado decidiu adiar a votação da PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) Emergencial, considerada
fundamental pela equipe econômica para a concessão
do benefício para a população.


O governo ainda precisou recuar da tentativa de apenas


ler o relatório durante a sessão desta quinta-feira, pois
havia o risco de a PEC ser retirada do plenário e passar
a tramitar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça),
o que atrasaria ainda mais a aprovação.

Os líderes acordaram adiar a votação para a próxima
quarta-feira (3), deixando a sessão da tarde de hoje
apenas para a leitura do relatório da PEC, elaborado
pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC). A sessão da
próxima terça-feira (2) também será usada para debates
sobre a proposta.

A leitura do relatório marcaria o início da tramitação da
proposta na Casa, mas acabou adiada por conta da
grande resistência dos senadores, tanto oposição como
governistas.

Ainda não há definição se os dois turnos da votação
â?"para aprovar uma PEC são necessários dois turnos
em cada casa legislativas e três quintos dos votosâ?"
acontecerão na quarta ou se será respeitado o
interstício regimental, de cinco dias entre as votações.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
afirmou que esperava um entendimento para votar os
dois turnos na próxima quarta-feira (3).

Pacheco afirmou que não se tratou de um "adiamento" e
que a votação na próxima quarta vai se dar no "tempo
mais curto que enxergamos para poder compatibilizar a
importância de votar a PEC com a necessidade de
amadurecer o debate".

"Na verdade, o que eu vi foi uma grande reação à
questão da desvinculação dos mínimos de educação e
saúde, mas há aspectos remanescentes do parecer do
relator Márcio Bittar que não houve tanta polêmica.
Então vamos aguardar a leitura do parecer do senador
Márcio Bittar", completou.

A PEC Emergencial prevê o acionamento de medidas
em caso de crise nas contas públicas. O governo
considera fundamental a sua aprovação antes de
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