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os últimos anos temos assistido não só à massificação do
smartphone, como à sua idolatração, o que o levou
a tornar-se o dispositivo móvel mais importante na vida
das pessoas. Seja pelo simples facto de lhes permitir estar
sempre contactável, através de chamadas telefónicas ou
videochamadas em qualquer lugar, como pelo acesso a mensagens
de texto, ou de conversação nas redes sociais, é praticamente
impossível encontrar alguém que não esteja constantemente de
olhos postos no pequeno ecrã que veio revolucionar o mundo.
Goste-se ou não, tanto da plataforma, como da marca ou da pessoa
em questão, a realidade é que o smartphone só existe, como
actualmente o conhecemos, graças à visão de Steve Jobs e que se
materializou durante apresentação do iPhone original, em 2007.
MUDANÇAS, MODAS E DOMÍNIOSMUDANÇAS, MODAS E DOMÍNIOS
Durante anos, o iPhone foi, indiscutivelmente, o smartphone
dominante do mercado, não só em termos de vendas, como em
termos de funcionalidades. No nosso caso, de entusiastas da
tecnologia, sempre aguardámos com alguma ansiedade para saber
que novidades iriam aparecer no lançamento da próxima geração do
iPhone. Infelizmente, esse entusiasmo foi desvanecendo, pois
ultimamente temos assistido a uma mera evolução, em vez das
autênticas revoluções a que nos habituram, no passado. Contudo,
esta situação não é exclusiva da Apple, já que os fabricantes de
dispositivos Android também têm lutado para se conseguir
diferenciar dos demais, acabando todos por seguir o mesmo caminho.
Veja-se o exemplo do fim da saída jack de 3,5 mm para auscultadores,
ou da adopção de um entalhe no topo do ecrã, para permitir que
o display suba até ao topo da estrutura, sem dispensar os
obrigatórios sensores de presença, luminosidade e a câmara frontal.
Passámos a ter ecrãs de formato ainda mais panorâmico, dos
18:9 aos 21:9, este último disponível nos dispositivos de topo da Sony,
bem como módulos com diversos sensores fotográficos traseiros,
com sensores de grande dimensão e resolução, sensores com zoom
óptico e de efeito ultra grande angular, bem como baterias cada vez
maiores e com sistemas de carregamento cada vez mais rápidos.
Em termos do sistema operativo, as coisas não estão muito
diferentes. Temos assistido a uma massificação da plataforma
Android, que já conta com 74% de quota de mercado (dados de Junho
de 2020), face aos 25% dos dispositivos da Apple - mas isso não
significa que tenha existido uma revolução que nos tenha levado
a esse ponto. Esse domínio deve-se claramente à disponibilização
desta plataforma em equipamentos de diversos fabricantes com
preços que começam nos 100 euros (ou menos) até aos monstruosos
2500 euros, como acontece no caso do Huawei Mate Xs, testado
nesta edição.
ESCOLHAS ESCOLHAS
Para determinar qual o melhor smartphone à venda em Portugal,
considerámos vários modelos de diversos fabricantes, mas devido
à indisponibilidade de unidades de teste, ou por simplesmente
ignorarem os nossos pedidos, como foi o caso da OnePlus, da Black
Shark e da Nubia (responsável pelos Red Magic), estes acabaram por
não marcar presença neste comparativo.
Considerámos ainda requisitar à Sony o novo Xperia 1 II, mas como
o mesmo não será comercializado em Portugal, optámos por
exclui-lo deste comparativo, pois não seria justo, nem para a marca,
nem para os nossos leitores. De resto, temos a destacar a presença
de dois exclusivos, duas novidades que estão prestes a chegar ao
mercado nacional: o Oppo Find X2 Pro e o Asus ROG Phone III que,
curiosamente, só foi oficialmente apresentado no dia 22 de Julho,
dois dias após o fecho desta PCGuia.
CRITÉRIOS E TESTESCRITÉRIOS E TESTES
Assim sendo, os equipamentos que reunimos para este comparativo
foram o Asus ROG Phone III, o Huawei P40 Pro Plus, o Oppo Find X2
Pro, o Samsung Galaxy S20 Ultra e o Xiaomi Mi 10 Pro. Fizemos uma
comparação em termos de características técnicas, de funcionalida-
des, corremos testes para perceber quais os que oferecem melhor
desempenho, comprovou-se, não só a autonomia das suas baterias
(usando o modo normal de gestão e brilho de ecrã bloqueado nos
40%), como o carregamento das mesmas, e, por fim, aquele que tem
sido um dos grandes argumentos de venda dos smartphones topo de
gama: o desempenho em termos de fotografia e vídeo.
Foram escolhidos para este comparativo todos os smartphones
de topo lançados durante o presente ano de 2020, embora duas
marcas se tenham recusado a participar: Black Shark e Nubia.