Ele veio, e tu vieste, e te reencontrastes onde devias estar.
Nós dançamos a roda, não para te enquadrar, mas para
terminar a moldura, para te fazer viver o que deve ser vivido,
para além de toda a vida, de toda a morte, assim como de
todo o nascimento, porque nunca mais passarás, não
precisarás mais de te mover, não precisarás mais de procurar.
Não há nada para encontrar que não esteja já presente, que
não esteja já a cantar.
Aceite o que é, aceite o que será e o que foi. Você não tem
outra possibilidade senão experimentar isto, em cada minuto,
em cada respiração, em cada minuto da tua vida, em cada
minuto do teu sono. Os nossos sonhos serão os teus sonhos.
Nós viemos abalar tudo o que possa ser rígido, tudo o que
possa ser obstáculo à leveza do teu voo.
Viemos para estabilizar a tua presença neste mundo, que o
leva a toda a presença, que o leva a toda a dança. Estamos
contigo, desde todos os tempos e toda a Eternidade. Estamos
convosco, muito antes de pensarem nisso, muito antes de
aparecerem, muito antes de desaparecerem, porque não há
mais antes, porque não há mais depois, só há o momento, só
há aqui, só há agora.
Não há mais nada além de ti. Está tudo em ti. Cabe a você
viver para que todos possam viver, para que você possa
declarar que Tudo é Um e que você é Um, que você é o outro
como é você mesmo, que você nunca passou, que você nunca
falhou, que você está sempre em santidade, o que quer que
você pense, o que quer que você diga.
Nada pode resistir, nada pode se opor ao nosso canto e nossa
dança. Vem dançar conosco. Tu és o éter, tu és o ar, tu és a