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Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: por Denise Rothenburg »
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O Centrão não pode tudo


O adiamento da votação da PEC da Imunidade deixou
claro que o grupo capitaneado pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não tem sob seu comando
votos suficientes para aprovar os projetos que ele se
empenha pessoalmente, caso dessa proposta, nem
para os projetos que o governo deseja. Em todos os
casos, terá que contar com os partidos de centro que
estavam alinhados ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP)
na eleição da Casa, ou com a oposição tradicional -- por
exemplo, o PT.


No caso da PEC da Imunidade, a pressa da votação
tinha sido combinada com o PSL ligado a Jair Bolsonaro
e com o Centrão, como forma de dar uma resposta ao
Judiciário e à prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-
RJ). Aliás, alguns partidos só aceitaram votar a
manutenção da prisão do parlamentar porque a PEC
seria votada em seguida. O texto não reuniu os 308
votos e precisou de tantas alterações que,


regimentalmente, não poderia ser tratado de afogadilho.
Melhor assim.

Deu ruim

Lira contava com o PT para votar a PEC da Imunidade,
o que lhe garantiria os votos para aprová-la. Julgou-se
traído pelos partidos, que diante das pressões recuaram
e o deixaram quase que sozinho, insistindo na votação
de uma proposta feita em cima da hora, alterada às
pressas e bombardeada nas redes sociais e fora dela
por parecer uma resposta à prisão de Daniel Silveira. E
era.

Olho vivo

O fato de ter uma comissão especial não significa que a
discussão será infinita. Lira promete nomear um
presidente que esteja empenhado em evitar que a
tramitação se arraste por meses, indefinidamente.

Promessas de político

Lira prometeu que, em sua gestão, as comissões
técnicas da Casa voltariam a funcionar. Até agora,
porém, só mesmo a Comissão de Orçamento, por causa
do atraso na aprovação da lei orçamentária deste ano.
E já se foi um mês inteiro sem comissões. A semana,
que deveria ser dedicada às instalações, foi ocupada
pela PEC da Imunidade.

Prisões de corruptos sob risco

Sabe aquela turma que está na cadeia, cumprindo pena
por causa dos julgamentos com base em material da
Lava-Jato? Pois é, está só esperando o vazamento das
conversas da operação para entrar com pedidos de
liberdade e de anulação de sentença. A notícia,
divulgada pela CNN, de que os procuradores
comemoraram as derrotas de Dilma Rousseff e outros,
já está devidamente anotada para esse fim.

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