Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1

Sobre títulos públicos


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Opinião
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Marcos Paulo [email protected]


Em tempo de debates sobre privatizações, o país tem o
bicampeão e o vice do Brasileirão; e um dos finalistas
da Copa do Brasil turbinados por bancos estatais. O
Flamengo estampa o Banco de Brasília (BRB).
Internacional e Grêmio -- rival do Palmeiras na decisão
do segundo torneio mais importante do país -- são
parceiros do Banrisul.


A Série A não tinha campeão financiado com dinheiro
público desde o Corinthians, em 2015. A Caixa
patrocinava o clube paulista. Nos títulos de 2016 e
2018, o Palmeiras exibia Crefisa. O Timão expôs a Cia
do Terno em 2017. Em 2019, o Flamengo recebia do
banco digital BS2. Aliás, conquistar o Brasileirão com
auxílio estatal não é novidade para o Flamengo. A
Petrobras anunciou na camisa do clube de 1984 a 2009.


Os modelos de negócios do BRB e do Banrisul são
diferentes. A estatal candanga não patrocina o
Flamengo. Considera parceria na criação do banco
digital. Prevê repasse mínimo de R$ 32 milhões ao
clube. Por sinal, o rubro-negro receberá da CBF R$ 33


milhões pelo título brasileiro, ou seja, quase o mesmo
valor acordado com o BRB.

Patrocinador da dupla Gre-Nal desde 2001, o Banrisul
investe R$ 16 milhões por ano nos principais times
gaúchos. Cada um recebe R$ 12,8 milhões pela área
nobre da camisa e R$ 3,2 milhões relativo às mangas,
totalizando o montante. O Colorado está no lucro. O
vice rendeu R$ 31,5 milhões.

Os investimentos de bancos estatais em clubes de
futebol são cada vez mais escassos. Em 2018, a Caixa
tinha contrato com 24 clubes do país. Doze deles na
Série A.

O Banpará turbinou Paysandu e Remo na Série C desta
temporada com as compras dos naming rights dos
estádios da Curuzu e Baenão. O Remo subiu para a
Série B. Recém-promovido à C, o Altos-PI recebeu
incentivo do Governo do Estado do Piauí até 2019.
Inclusive usava logomarca na camisa.

Entendo que os bancos estatais e/ou privados têm suas
provisões de patrocínio para aplicação na modalidade
que der mais retorno à instituição financeira. É um
negócio. Simples assim. Mas há outro mundo lá fora.

Em 2020, perguntamos ao presidente da Caixa, Pedro
Guimarães, no Correio, se a estatal voltaria a patrocinar
o futebol. "A Caixa é o banco dos pobres, o foco é
outro", respondeu, endossando a tese do chefe dele,
Paulo Guedes. O ministro da Economia cortou o apoio
aos clubes no início do governo Bolsonaro: "Às vezes, é
possível fazer coisas 100 vezes melhores com menos
recursos do que gastar com publicidade em times de
futebol", justificou Guedes. E você, o que acha?

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil 1 - Paulo
Guedes, Banco Central - Perfil 1 - Pedro Guimarães
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