Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1

Dívida pública chega ao recorde de 89,7% do PIB


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 27 de fevereiro de 2021
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Autor: Fabrício de Castro /Eduardo Rodrigues


Em meio ao aumento dos gastos dos governos para
fazer frente à pandemia de covid19, a dívida pública
brasileira acelerou em janeiro. Dados divulgados ontem
pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do
Governo Geral fechou janeiro aos R$ 6,670 trilhões, o
que representa 89, 7% do Produto Interno Bruto (PIB),
patamar recorde.


O porcentual é maior que os 89,2% de dezembro de



  1. próximos meses no Brasil. Esse é um dos
    principais fatores de No melhor momento da série, em
    dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do
    PIB.


Com o aumento de despesas públicas em função da
pandemia, a expectativa é de que a dívida bruta
continue a subir nos preocupação dos economistas do
mercado financeiro.


A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o
governo federal, os governos estaduais e municipais,
excluindo o Banco Central e as empresas estatais é


uma das referências para avaliação, por parte das
agências globais de classificação de risco, da
capacidade de solvência do País. Na prática, quanto
maior a dívida, maior o risco de calote por parte do
Brasil.

O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor
Público (DLSP) passou de 63,0% para 61,6% do PIB
em janeiro de 2021, somando R$ 4,582 trilhões. A
dívida líquida apresenta valores menores que os da
dívida bruta porque leva em consideração as reservas
internacionais do Brasil.

Janeiro azul. Apesar dos efeitos econômicos da
pandemia, o setor público consolidado (Governo
Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de
Petrobrás e Eletrobrás) apresentou superávit primário
de R$ 58,375 bilhões em janeiro, in- formou o BC. Esse
é o maior superávit para um mês de janeiro na série
histórica, iniciada em dezembro de 2001.

O resultado primário reflete a diferença entre receitas e
despesas do setor público, antes do pagamento da
dívida pública. Em função da pandemia, cujos efeitos
econômicos se intensificaram em março, o governo
federal e os governos regionais passaram a enfrentar
um cenário de forte retração das receitas e aumento dos
gastos públicos. Em dezembro do ano passado, havia
sido registrado déficit de R$ 51,837 bilhões.

O resultado fiscal de janeiro foi composto por um
superávit de R$ 43,156 bilhões do Governo Central
(Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos
regionais (Estados e municípios) terminaram com o
caixa no azul em R$ 14,772 bilhões no mês. Enquanto
os Estados registraram um superávit de R$ 13,104
bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$
1,669 bilhão. As empresas estatais registraram
superávit primário de R$ 446 milhões.

A projeção do Tesouro para o rombo fiscal do setor
público consolidado em 2021 é de R$ 250,89 bilhões.
Para o governo central, o déficit estimado é de R$
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