Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1
O 1% que nem está aí para pandemia e posa em em ilhas de luxo revolta
tanto quanto Bolsonaro

Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Saúde
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Ricardo Melo


Preso em um confinamento compulsório, tenho sido
quase que obrigado a viajar diariamente pelas internets
da vida.


Isto tem me ajudado a compreender por que milhares
de seres humanos têm sido sacrificados sem dó nem
piedade.


Cálculos de autoridades americanas e internacionais
relativamente sérias estimam em milhares as vidas que
poderíam ter sido poupadas caso medidas de
prevenção estivessem sido adotadas. Aquino Brasil, a
mesma coisa -oupior.


O negacionismo transformado em política pública pelo
governo Bolsonaro enterrou milhares de brasileiros que
não precisavam morrer de forma precoce.


Além dos escândalos de cloroquina, declarações e
aparições genocidas, o capitão expulso do Exército


deixou apodrecer milhares de testes que poderiam
evitar a agonia de tantos outros. Mas não quero me ater
a isso.

Para mim, quase tão revoltante quanto isto é ver
"formadores de opinião" posando em ilhas paradisíacas,
hotéis de luxo, fazendas aconchegantes.

Geralmente é gente de dinheiro farto conquistado à
custa de fãs capturados com a ajuda de mídia e TVs (e
sabe-se lá de mais o quê), truques em rede sociais e
relacionamentos selecionados.

As descrições são assusta- doras. Um passeio pelos
instagrams da vida nos brinda com coisas como: "A
salvo do vírus"; "aqui estou fora de perigo"; "obrigado
pelo carinho"; "vamos sair desta".

Cínicos. Fingem não saber que enriqueceram à custa
daqueles que são obrigados a viver em cômodos
lotados e a morrer dentro de casa por falta de leitos.

Eu me pergunto: quanto tais milionários doaram do
dinheiro que ganham do povo para amenizar a
pandemia de suas "galinhas de ovos de ouro"?

Lemann, o brasileiro rico que mora na Suíça (! ) ,
chegou a dizer que as crises criam oportunidades.
Portanto, dá-lhes pandemia. Justiça seja feita, ele doou
algum para fornecer álcool em gel. Menos mal.

O mais patético, porém, são os "artistas", "celebrities" e
"influencers" exibindo-se em mansões de luxo, piscinas,
resorts e refúgios onde ficar a salvo. Cercados de
funcionárias e funcionários que arriscam a própria vida.

Pergunto: com quantos centavos esta gente contribuiu
para ajudar o povo de Manaus, por exemplo, a não
morrer de falta de ar? Por que não declaram o que
fazem para ajudar a combater a pandemia que assola o
Brasil e não apenas a eles mesmos?
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