Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

"Ademais, o BB não tem conhecimento das fontes das
notícias veiculadas. Fatos adicionais,julgados
relevantes, serão prontamente divulgados ao mercado",
disse o banco em nota enviada à CVM (Comissão de
Valores Mobiliários).


No BB, o clima é de desânimo desde o anúncio do
enxugamento da estrutura no mês passado. Em janeiro,
o banco aprovou o fechamento de 361 unidades e dois
programas de demissão voluntária.


O anúncio irritou Bolsonaro e desencadeou um
processo de fritura de Brandão, presidente do Banco do
Brasil. Auxiliares no Palácio do Planalto afirmaram que
o executivo poderia ser demitido.


A repercussão do plano de enxugamento e as queixas
no Congresso Nacional aumentaram a pressão sobre
Brandão. Deputados e senadores reclamaram que
estavam sendo cobrados por prefeitos onde agências
do banco encerrariam suas atividades.


Pesou o fato de o anúncio ter ocorrido em plena
campanha pelo comando da Câmara, quando o Planalto
estava articulando a candidatura do atual presidente da
Casa, Arthur Lira (PP-AL).


A divulgação do enxugamento do BB ainda coincidiu
com o anúncio da Ford do fechamento de suas fábricas
de veículos no Brasil e a consequente demissão de
5.000 empregados.


Apesar da irritação, uma intervenção de Guedes e do
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
conseguiu arrefecer os ânimos de Bolsonaro e dar
sobrevida à gestão de Brandão no BB.


Os argumentos a favor de Brandão eram que o plano de
enxugamento melhoraria os números do banco e as
demissões seriam voluntárias, gerando benefícios ao
empregado que decidisse sair.


Recentemente, no entanto, a tese de queda do
executivo voltou a ganhar força depois que Bolsonaro


trocou o presidente da Petrobras, Roberto Castello
Branco, e disse que iria fazer mais intervenções
ameaçando um "tubarão", sem dar nomes.

Pessoas próximas ao executivo disseram que ele
estava incomodado com o desgaste ea fritura por
razões políticas. A troca de comando na Petrobras
reforçou o temor de uma demissão da mesma forma
considerada atabalhoada vista na petroleira.

A troca na presidência da Petrobras - com a saída de
Castello Branco e a indicação do general Joaquim Silva
e Luna - gerou forte reação do mercado.

Mesmo com os sucessivos golpes sofridos pela equipe
econômica nas últimas semanas, membros do time de
Guedes ouvidos pela Folha minimizam.

No caso da troca de comando da Petrobras, por
exemplo, é mencionado que Guedes apenas
recomendou o nome de Castello Branco e que o
executivo respondia, na verdade, ao Ministério de Minas
e Energia.

Segundo interlocutores, o importante é não haver
distração para a prioridade de Guedes neste momento -
que é a PEC (proposta de emenda constitucional)
Emergencial. Nas palavras de um membro da
Economia, essa é o tema de principal relevância agora
e o resto é tratado como crise fictícia.

A PEC Emergencial cria o auxílio emergencial em 2021
e promove ajustes nas contas públicas no médio e
longo prazo. O texto está em tramitação no Senado com
perspectiva de votação em breve.

De qualquer forma, integrantes da Economia concordam
que houve um crescimento no governo de uma agenda
que limita a visão liberal do ministério, inclusive por
causa do crescimento da participação militar no
Executivo (mais afeita ao controle estatal).

Mesmo assim, membros da pasta insistem em que o
diagnóstico é de falta dinheiro e uma enorme dívida
pública, o que reforça a necessidade de políticas liberais
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