Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1

Relator de PEC desiste de acabar com piso para saúde e educação


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Thiago Resende e Renato Machado


brasília A nova versão da PEC (proposta de emenda à
Constituição) Emergencial deverá retirar o dispositivo
que acabaria com o gasto mínimo para saúde e
educação, medida que levou a uma derrota do governo
nesta quinta-feira (25) no Senado.


O relator da PEC, senador Márcio Bittar (MDB-AC),
admitiu que o projeto não será aprovado caso o fim do
piso de gastos nessa área seja mantido e, por isso, fará
o ajuste no texto, a ser apresentado na próxima
semana.


Contrários à ideia de desvincular os gastos de saúde e
educação, senadores da oposição, independentes e da
base do governo nem sequer deixaram que o relatório
da PEC fosse lido em plenário na quinta.


Diante da elevada resistência à ideia, governo e Bittar
aceitaram a derrota. A estratégia agora é evitar que o
clima ruim contamine o restante do projeto.


A PEC Emergencial prevê o acionamento de medidas


em caso de crise nas contas públicas. O governo
considera fundamental a sua aprovação antes de
encaminhar ao Congresso a proposta para uma nova
rodada de auxílio emergencial, que também depende da
aprovação da PEC.

A desistência em relação ao fim do piso de investimento
em saúde e educação tem o objetivo de preservar os
demais dispositivos de controle de despesas.

Apesar do recuo, líderes aliados ao Palácio do Planalto
dizem que essa proposta deverá voltar à discussão no
Congresso até o próximo ano. O governo defende a
medida e argumenta que o fim do piso deixaria o
Orçamento mais livre e caberia aos gestores decidirem
onde aplicar os recursos. Prefeitos e governadores,
porém, são contra.

Convencido da derrota, Bittar entende que a PEC a ser
aprovada não depende das vontades dele, mas sim da
maioria. Por isso, disse que "os ajustes necessários
serão feitos".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, por sua vez,
aposta na aprovação da PEC Emergencial para
destravar a pauta liberal apresentada ao Congresso e, a
aliados, indicou que esse projeto pode definir a
permanência ou não do ministro no governo. Aproposta,
no entanto, vem sendo desidratada pelo Congresso.

Inicialmente, a equipe econômica queria autorização
para cortar temporariamente a jornada e os salários de
servidores públicos, o que provoca uma redução
imediata nos gastos. Guedes já cedeu nesse ponto, e a
versão mais atual do relatório de Bittar não prevê esse
dispositivo.

O texto atualmente debatido no Senado prevê medidas
como barreiras à criação de novas despesas
obrigatórias, a reajustes a servidores e a concursos
públicos.

O governo não quer deixar que o Senado aprove
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