Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1

Desemprego na Covid supera o pior da mais longa recessão


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Ipea

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Diego Garcia e Eduardo Cucolo


O Brasil encerrou 2020 com a pior média de
desemprego da história. Ainda viu outros indicadores
baterem recordes negativos, como o desalento, a
população ocupada e os subutilizados. Os dados do
emprego no país superam até os anos isolados da mais
longa recessão econômica, que durou entre 2014-16.


Segundo dados do IBGE, o desemprego médio atingiu
13,4 milhões de pessoas em 2020, ano do início da
pandemia da Covid-19. A taxa de desocupação ficou em
13,5%. O percentual é o maior em toda a série histórica
da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios), iniciada em 2012.


A consultoria iDados, por meio de números de
pesquisas atual e antigas do IBGE, construiu um
levantamento que mostra que a taxa é a maior desde
1993.


O número é até superior ao do pior momento do
trabalho no Brasil até então, em 2017, que pegou
reflexos da recessão dos anos anteriores. Naquele ano,


a taxa de desocupação havia sido recorde, de 12,7%,
com 13,1 milhões de brasileiros em média
desempregados.

A recessão de 2014-2016 durou 33 meses, de abril de
2014 a dezembro de 2016, segundo o Codace (Comitê
de Datação de Ciclos Econômicos), órgão ligado ao
FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas) e formado por oito economistas de
diversas instituições.

Foi a mais longa entre as nove recessões datadas a
partir de 1980 pelo comitê, superando as de 1989-1992
(30 meses) e 1981-1983 (28 meses). A décima
começou no primeiro trimestre de 2020 e ainda não teve
a data final fixada.

A queda acumulada do PIB no período 2014-2016 foi de
8%, a segunda maior desde 1980, abaixo dos 8,5% de
queda do PIB na recessão de 1981-1983, segundo
dados das Contas Nacionais do IBGE.

Os dados divulgados pelo IBGE contestam até o
ministro Paulo Guedes, que no fim de janeiro
comemorou os dados do Caged dizendo que o país
conseguiu, mesmo com a retração na atividade,
registrar saldo positivo de empregos em 2020.

O ministro ressaltara que as recessões de 2015 e 2016
geraram demissões de 1,5 milhão e 1,3 milhão de
pessoas, respectivamente. "De um lado, o auxílio
emergencial fez a maior transferência direta de renda.
E, de outro, o programa de empregos preservou 11
milhões de empregos."

Dados do Caged mostraram que a geração líquida
(contratações menos demissões) de 142.690 empregos
com carteira assinada no ano passado não foi suficiente
para repor aqueles perdidos durante a pandemia. O ano
terminou positivo por influência das 342 mil vagas
criadas nos dois primeiros meses do ano.

Já a Pnad, que calcula também dados de trabalhos
Free download pdf