Clipping Banco Central (2021-02-27)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - COAF

prova não contaminada as mensagens trocadas entre
Queiroz e Danielle Mendonça da Nóbrega, ex-mulher do
miliciano Adriano da Nóbrega. Elas foram apreendidas
na Operação Intocáveis, que investigava a atuação da
milícia em Rio das Pedras, comandada por Adriano.


Entenda o caso e as possíveis consequências da
decisão do STJ


O que decidiu o STJ?


A Quinta Turma da corte anulou a quebra de sigilo
bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro no âmbito das
investigações do das "rachadinhas" na Assembléia
Legislativa do Rio, quando ele era deputado.


Para a maioria dos ministros, a fundamentação da
decisão que autorizou a quebra, do juiz Flávio Itabaiana,
da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, tinha problemas


Quais as possíveis consequências da determinação do
STJ?


Investigadores temem um efeito cascata após a
decisão. A própria denúncia já protocolada contra Flávio
pelo Ministério Público do Rio de Janeiro também pode
ter como destino 0 arquivo. Uma eventual nova
acusação dependería de provas colhidas a partir de
uma nova decisão judicial autorizando o acesso aos
dados bancários do filho do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) e de seu suposto operador financeiro,
Fabrício Queiroz. A decisão, no entanto, também
ameaça provas colhidas que não podem ser
apreendidas de novo, como celulares e comprovantes
bancários.


Isso porque elas foram autorizadas com pedidos feitos
pela Promotoria usando como base os dados da quebra
de sigilo bancário, agora considerados ilegais. Pelo
mesmo motivo, a prisão de Queiroz, hoje em regime
domiciliar, também está sob risco.


O emaranhado de debates judiciais, certamente, adia
ainda mais a eventual mudança de status criminal do
senador de acusado para réu, caso o Ã"rgão Especial


do TJ-RJ aceitasse a denúncia contra ele

Cabe recurso contra a decisão do STJ?

Sim, a possível anulação em sequência pode ser
revertida por eventual recurso a ser apresentado pelo
MP-RJ contra a decisão do STJ, a ser analisado pelo
STF (Supremo Tribunal Federal).

O que o STJ ainda precisa decidir no caso?

A Quinta Turma da corte precisa analisar a legalidade
do compartilhamento de provas pelo Coaf (Conselho de
Controle das Atividades Financeiras) com o MPRJ no
caso, bem como da autoridade do juiz Itabaiana de
emitir decisões, considerando que o TJRJ (Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro) entendeu que o senador tinha
direito a foro especial.

Caso Flávio obtenha nova vitória nesses recursos, as
provas ficam em situação ainda mais frágil Quais as
provas contra Flávio?

As principais provas foram obtidas por meio da quebra
de sigilo bancário dele, de sua mulher, Fernanda, e de
seus ex-assessores, entre eles Queiroz.

O MP-RJ aponta que, no período investigado, Flávio
manteve uma rotina de uso de dinheiro vivo em valores
altos. Como nem ele nem a mulher fizeram saques em
volume similar e também não tinham fontes de renda
com recursos em espécie, os investigadores afirmam
que essa movimentação teve como origem a
"rachadinha".

O operador financeiro da "rachadinha", segundo 0 MP-
RJ, era Queiroz. Os investigadores identificaram que o
PM aposentado recebeu em sua conta R$ 2,08 milhões
de exfuncionários de Flávio

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
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