Lá onde estás inteiro, onde não precisas de nada, exceto
acolher as evidências que te atravessam.
Lá onde as palavras já não fazem sentido, onde você está
satisfeito, onde nada pode estar faltando ou mesmo ser
esquecido.
Convido-te para a leveza, para a alegria que acontece em
tudo, pois verdadeiramente é o que você é, além da forma,
como além de qualquer mundo, é o que você sempre foi,
além de tudo o que você passou, além do que os teus sentidos
te dão a sentir ou perceber, onde você é completo, onde você
é cada um, como é cada mundo.
Lá onde você é toda consciência, lá onde tudo é um, e no
entanto não há ninguém, há a alegria nua, sem objeto e
sujeito, sem visão e sem vibração.
Lá onde qualquer noção de pertencimento só pode ser
apagada e transcendida pela verdade que não depende de
nenhuma consciência, nenhum movimento, nenhuma
mudança.
Lá onde o tempo não flui, lá onde você é espaço, lá onde
tudo é verdade, lá onde você é todo mundo, em qualquer
forma ou mundo que seja.
Lá onde você está livre e inteiro, lá onde você se reencontra,
a partir do instante em que o aceita.
Então a evidência de quem você é preencherá tua forma e tua
vida, para que você nunca mais possa ser seduzido pelo que
passa, e pelo que se mexe.