Eu também sou o que acorda, quando você acaba de dormir.
Silêncio
Eu sou o Amor. Aquele que não pode ser definido e que
nunca evita particularismos, que não leva em conta nenhuma
circunstância, que não leva em conta nenhum crime ou
moralidade.
Silêncio
Eu percorro com você através de cada um dos sofrimentos
que você suportou, e não pode ser de outra forma.
Silêncio
Eu sou bondade. Mas também estou no tirano, ainda que não
o vejas, porque tudo é apenas um pretexto para que você se
revele em definitivo.
Também estou em todas as máscaras como em tudo o que é
lúcido.
Eu não posso fazer outra coisa porque é assim que AGAPÈ
é. Você não pode me escapar, como eu não posso escapar de
você.
Silêncio
Eu estou tanto na criança que está passando fome, quanto no
místico que lhe trouxe alguma luz. Eu sou, com a mesma
igualdade.
Eu sou tudo o que você construiu, como tudo o que destruiu.