Contigo! Novelas - Edição 14 (2019-07)

(Antfer) #1

Novelas VINTAGE






Você tinha o sonho de ser bailarina na infância?
Comecei a fazer balé com 6 anos, era aluna do Teatro
Colón, de Buenos Aires. Depois fui estudar no Teatro
Sodré, em Montevidéu, e mais tarde vim para o Rio. Aí
fui para São Paulo, onde me formei professora de balé da
escola de dança clássica do Teatro Municipal de São Pau-
lo. E eu sempre achava que ia ser uma bailarina clássica.
Quando estava no Teatro Municipal de São Paulo, a TV
Tupi tinha um programa chamado Concertos Matinais
Mercedes-Benz e ia lá filmar, era a primeira externa da
TV brasileira. É óbvio que os câmeras ficavam de olho
nas bailarinas e vira e mexe eu era focalizada. Numa des-
sas, o Cassiano Gabus Mendes, que era o diretor-geral
da Tupi, me chamou para fazer programas humorísticos.
Costumo dizer que fui uma das pré-chacretes que fazia
o corpo de baile dos cantores.


Então foi nessa época que tudo começou?
Exatamente. Essa parte da minha carreira é importante,
pois eu fazia fundo musical para Maysa Matarazzo cantar
Meu Mundo Caiu, para a Elza Soares... Depois comecei
a fazer uns programas humorísticos com as garotas do
Teatro de Revista, que eram Zélia Hofmann, Anilza Leoni,
Íris Bruzzi. Eu era muito menina perto delas, mas foi com
elas que aprendi a arte de descer uma escada, a disciplina
do Teatro de Revista. O primeiro quadro que fiz, usava um
baby-doll e cantava: “Só de baby-doll, só de baby-doll...”

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