Dragoes - 202005

(PepeLegal) #1

REVISTA DRAGÕES MAIO 2020


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No sete contra seis não há ninguém
como o FC Porto. O ataque ensaiado
no Andebol 1 e celebrizado na
Champions, com vitórias frente aos
três mais recentes vencedores da competição
(Vardar, Montpellier e Kielce) e também diante
dos poderosos Kiel e Meshkov Brest, tem
sido uma das imagens de marca da equipa de
Magnus Andersson. O treinador sueco, principal
responsável pela transformação do andebol
praticado no Dragão Arena (e não só) após
a saída de Ljubomir Obradović, nasceu em
Linkonping a 17 de maio de 1966. Foi um dos
melhores centrais da história da modalidade
e é agora um dos técnicos mais reputados da
atualidade. Eleito melhor jogador do mundo em
2003, tetracampeão europeu com a camisola 14
da Suécia, medalhado por três vezes nos Jogos
Olímpicos e vencedor das ligas sueca e espanhola,
o atual treinador do FC Porto tem um palmarés
de respeito que ganhou uma nova dimensão
com o pleno de conquistas, a partir do banco,
na época passada. Os Dragões detêm, neste
momento, todos os títulos do andebol português:
são campeões nacionais, venceram a Supertaça
e a Taça de Portugal. Já nesta temporada,
garantiram a vitória na fase regular do Andebol
1 antes da interrupção das competições
devido à pandemia do novo coronavírus.

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Numa entrevista concedida à DRAGÕES
em janeiro de 2019, Magnus Andersson
surpreendeu: “Sinceramente, não gosto de
jogar sete contra seis. Contudo, começámos
a jogar desta forma frente ao Minsk, resultou muito
bem (...) e foi o fator-chave para darmos a volta à
eliminatória frente ao Magdeburgo. (...) Para mim, essa
forma de jogar não é divertida, e espero que, no futuro,
as equipas voltem a jogar mais vezes seis contra seis”.

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Apesar do autismo da
Federação Portuguesa de
Andebol, a equipa do FC Porto
já marcou uma era no andebol
nacional. A entidade responsável
pela modalidade no território
nacional elegeu, em dezembro do
ano passado, o Sporting como a
melhor equipa da temporada em
2018/19, mas a miopia da Federação
para com os vencedores dos três
troféus nacionais e finalistas da Taça
EHF não teve eco na performance
da seleção com a espinha dorsal dos
Dragões e na qualificação dos azuis
e brancos para os oitavos de final
da maior competição de clubes.
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