REVISTA DRAGÕES novembro 2018
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01
MOMENTOS
QUE NÃO
NOS SAEM
DA CABEÇA
03
02
A INAUGURAÇÃO MÁGICA
16 NOV 2003
FC PORTO-BARCELONA, 2-
O PRIMEIRO JOGO OFICIAL
07 FEV 2004
FC PORTO-UNIÃO DE LEIRIA, 2-
A ESTREIA INTERNACIONAL
25 FEV 2004
FC PORTO-MANCHESTER UNITED, 2-
Que era belo por fora já todos sabiam,
que era ainda mais belo por dentro apenas
51 mil pessoas tiveram a privilégio de o
comprovar antes de todos os outros. Quem lá
esteve nunca mais esquecerá aquela noite
de “Alegría”, como canta a música que o
batizou, de um espetáculo único, com a magia
de Luís de Matos ao som do piano de Pedro
Burmester, o hino do FC Porto cantado a
capella por Isabel Silvestre e um convidado
ilustre para o jogo de gala. O Barcelona
estreava um menino chamado Messi, mas perdia
por 2-0, com golos de Derlei e Hugo Almeida.
Foi preciso esperar 83 dias
para que o relvado permitisse
o regresso à casa nova e fosse
palco do primeiro jogo oficial:
FC Porto-União de Leiria, para
a jornada 21 do campeonato.
Ao minuto 17, Maniche, o
número 18, apontou o primeiro
golo, inventado por Deco. O
número 10 estendeu depois a
passadeira para Maciel bater
Helton, que uns anos mais tarde
se tornaria o jogador que,
até hoje, mais vezes pisou
aquele relvado. Os leirienses
reduziriam já no último
quarto de hora, por Freddy.
Primeira mão dos oitavos de
final da Champions, a primeira
noite europeia. O campeão inglês
Manchester United, treinado por
Sir Alex Ferguson, partia como
favorito mas caiu com estrondo
e estupefação só para quem não
assistiu ao jogo. O sul-africano
Fortune colocou, com fortuna,
os devils em vantagem, mas quem
brilhou foi o compatriota Benni
McCarthy: ainda na primeira
parte, rematou sem hipóteses
para Tim Howard que, já no final
da segunda, bem se esticou mas
não segurou um cabeceamento
fulminante do avançado que, à
Jardel, voou sobre os centrais.
15
Ganhar está-lhe nos genes, até porque já
nasceu assim. Ainda não tinha um ano de vida
e já celebrava o FC Porto campeão nacional e
campeão europeu. Cresceu assim, acostumado
a esse bom hábito de ganhar e assim chegou
à adolescência. Foram 5.479 dias de muitas
conquistas e glórias, de jogos memoráveis, de
vitórias épicas, de alegrias indescritíveis, como
aquela vivida a 11 de maio de 2013, quando
Kelvin nos fez tocar a felicidade suprema.
Esse foi eleito pelos adeptos, entre eles Jorge
Nuno Pinto da Costa, como o mais marcante
destes 15 momentos que ficaram para a
história dos 15 anos do Estádio do Dragão.
TEXTO: JOÃO QUEIROZ