REVISTA DRAGÕES FEVEREIRO 2019
O
“TER DUAS
PEQUENITAS
FOI O GOLO
MAIS ESPECIAL
DA MINHA VIDA”
O desafio era simples: pedimos
a Pepe que escolhesse
algumas das figuras e dos
momentos mais importantes
de uma carreira de sucesso. As
respostas podiam ser dadas
apenas com uma palavra
ou um nome, mas o central
preferiu sempre explicar
as escolhas. À campeão.
Quais são os centrais
que mais admira?
Eu tive a sorte de poder jogar
com bons centrais, como o
Mitchell van der Gaag e o Bicho,
o Jorge Costa, que me ensinaram
muito. No Real Madrid trabalhei
com o Fernando Hierro. Esses
centrais foram as referências do
meu jogo e procurei ser sempre
um pouco como cada um deles.
Quais foram os avançados
mais difíceis que enfrentou
em Portugal e no estrangeiro?
O Benni McCarthy era muito
difícil, porque ele tinha uma
capacidade muito grande de
fintar de costas, era uma coisa
incrível. Ele pisava a bola e
girava e era muito difícil. Tive
também o Cristiano Ronaldo,
que não foi meu adversário,
mas eu treinava com ele no
Real Madrid todos os dias
e era muito difícil. Procurei
sempre criar-lhe dificuldades
e melhorar com ele para
quando tivesse de enfrentar
outros grandes avançados.
Qual foi o jogo mais
especial da sua carreira?
Acho que foram todos os jogos.
Todos são especiais, porque há
muita gente a ver, e nós temos
de dar sempre o exemplo. Eu
procuro dar o exemplo porque
vim de baixo e hoje sou o
que sou pelo meu trabalho,
pelo meu profissionalismo
e pelo amor que eu ponho
naquilo que eu faço.
E qual foi o golo mais
especial que marcou?
Foi ter as minhas filhas. Ter
duas pequenitas foi o golo
mais especial da minha vida.