REVISTA DRAGÕES ABRIL 2019

aspeto positivo. Não querendo
perder, vais dar o teu máximo
para ganhar, vais dar tudo
o que tens e o que não tens
para conseguir esse objetivo.
Desde que não se passem os
limites, acho que é positivo.

Percebeu-se que, com
Sérgio Conceição, o Danilo
teve de mudar um pouco
o seu estilo de jogo. Como
foi esse processo?
No início foi um pouco difícil

assimilar as ideias, porque estava

muito habituado a jogar como

pivô único, como pivô defensivo.

Mudar o chip foi um pouco

difícil, mas depois adaptei-me

bem, fui também falando muito

com o Sérgio Conceição, para

saber o que podia ou não fazer.

No Marítimo também joguei

muitas vezes como 8, mas

nunca com dois médios, em

que os dois têm basicamente

as mesmas funções. Foi um

pouco difícil, mas assimilei

“Tem de haver sempre um

núcleo duro, aqueles que

saibam passar a mensagem

do treinador e do clube”

as ideias do mister Sérgio

Conceição e adaptei-me bem.

Em que aspetos de jogo

gostaria ainda de melhorar?

Sem dúvida, impor-me mais no

aspeto ofensivo. Já me incorporo

mais vezes do que antigamente

no processo ofensivo, mas ainda

tenho muito a mentalidade

de que primeiro tenho de

ajudar a equipa a defender e

só depois pensar no ataque.

Tenho de arriscar também

mais o remate de fora da área.

É um equilíbrio difícil de fazer,

entre defender e atacar, para

um jogador da sua posição?

É muitas vezes esse o dilema

que tenho quando jogo. Não

quero que a equipa esteja

descompensada e muitas

vezes penso só no aspeto

coletivo e não no aspeto

individual. Juntar esses dois

aspetos é bom e é nisso que

tenho também de melhorar.