Dragões - 201904

(PepeLegal) #1
REVISTA DRAGÕES ABRIL 2019

Há nove meses no FC Porto, o lateral
germânico de origem senegalesa, que
se encontra confortável e motivado na
cidade Invicta, coloca as ambições da
época bem alto e promete continuar a
dar-lhes impulso, seja nas competições
domésticas ou além-fronteiras. Do
cimo dos seus 195 centímetros de
altura, apoiado na robustez muscular
e com a tarimba de quem já pisou os
principais palcos mundiais, Djibril
tem todas as forças concentradas na
luta do grupo de Magnus Andersson
pela conquista do Campeonato
Nacional, que escapa desde 2015, da
Taça de Portugal, cujo último título
foi em 2007, e da Taça EHF, prova
nunca ganha pelos azuis e brancos.

Como começou a jogar andebol?
Dei os primeiros passos quando tinha
dez anos. Tudo começou depois de um
amigo meu da escola me ter perguntado
se eu queria começar a praticar esta
modalidade. Era um dos meus melhores
amigos (ainda o é) e jogava andebol.

Estivemos na mesma equipa, eu era um
pouco maior do que ele e já tinha um
braço esquerdo forte. Adorava rematar
à baliza e marcar golos. Fui gostando
cada vez mais do que fazia e segui
naturalmente esta carreira. Também
cheguei a ser guarda-redes de futebol
(embora hoje as minhas qualidades
futebolísticas não sejam muito visíveis)
e joguei basquetebol nos tempos livres
durante o verão na Alemanha. Sou um
amante de desporto em geral, aprecio
várias modalidades desportivas.

A primeira equipa profissional em
que atuou foi o Estugarda, clube da
zona em que nasceu e no qual esteve
seis temporadas, entre 2012 e 2018.
De que modo se processou a sua
transição para o mais alto nível?
Cheguei ao Estugarda aos 20 anos, vindo
de uma equipa amadora e na altura
estávamos na segunda divisão. Após
três anos, subimos ao primeiro escalão.
A primeira temporada foi bastante
complicada para mim. Eu vinha da

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UM


PESO


PESADO


PARA


CARREGAR


AS


ESPERANÇAS


DE GLÓRIA


ENTREVISTA de RUI AZEVEDO

Djibril M’Bengue é um dos
pilares do bloco portista,
mas na equipa de andebol
também se destaca pelos
saltos ofensivos, a partir
do corredor direito,
para balançar com a
mão esquerda as redes
adversárias. De tal forma que
já viu a sua ligação contratual
ao clube assegurada até


  1. Fora do campo, tem
    saltado a infelicidade
    causada pelas lesões e em
    conversa com a DRAGÕES
    abordou um percurso
    profissional que o fez subir
    dos escalões amadores
    alemães até à Bundesliga,
    levando-o a pôr os pés
    atualmente em Portugal.

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