REVISTA DRAGÕES ABRIL 2019
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“Queria regressar ao FC Porto
e felizmente tudo correu de
maneira a que pudesse voltar.
Este é um clube que me diz
muito, no qual já fui campeão,
e quando soube que havia
interesse no meu regresso,
foi fácil dizer que sim. Pouco
tempo depois de ter chegado,
conquistámos a Taça de
Portugal, por isso era difícil
pedir um regresso melhor do
que este. Quando estive cá a
primeira vez, fomos campeões,
mas não conseguimos vencer
a Taça de Portugal, e este era
um troféu que o FC Porto já não
conquistava há algum tempo.
Fiquei muito feliz por poder ter
contribuído para esta conquista
e foi ótimo devolver este troféu
ao clube. Aqui joga-se sempre
para ganhar e luta-se por todos
os títulos”, começa por nos dizer
Brad Tinsley, eleito o MVP da
final da Taça de Portugal em que
o FC Porto bateu a Oliveirense
(83-80). O base/extremo norte-
americano fez 20 pontos, quatro
ressaltos, quatro assistências,
dois roubos de bola e dois
desarmes de lançamento.
Antes de voltar a brilhar de
Dragão ao peito, Brad Tinsley
continuou a acumular
experiência internacional, mas
nunca esqueceu o FC Porto.
“Estava a jogar em Itália e, no
dia seguinte à equipa que
representava ter perdido um
jogo, o meu agente falou comigo
e disse-me que o Moncho
López queria que regressasse
ao FC Porto. A realidade é que
o FC Porto sempre fez parte
de mim desde que saí, pois
como já disse é um clube que
me diz muito. Onde quer que
estivesse, via todos os jogos que
conseguisse. O Junior Casale
não colocou entraves à minha
saída e o acordo entre todos foi
muito rápido. Um dia depois de
saber que o FC Porto me queria,
já estava no avião preparado
para regressar”. Aquando do
negócio, um dirigente do Junior
Casale, equipa que disputa a A2
italiana, disse isto: “Assim que
recebemos a oferta do FC Porto
julgámos que o jogador deveria
ser livre de fazer a melhor
escolha para ele e para a sua
carreira. O comportamento dele
nos últimos meses foi sempre
exemplar e desejamos-lhe o
melhor”. Está visto que foi um
negócio fácil de concretizar
para todas as partes.
O TREINADOR E A EQUIPA
Brad Tinsley não esconde que
Moncho López foi determinante
para este regresso ao FC Porto
e não poupa nos elogios ao
treinador espanhol: “A única
coisa que o Moncho López
me pediu foi para jogar como
na primeira vez em que estive
aqui. Todos sabemos para
onde a equipa quer ir e todos
trabalhamos no mesmo sentido,
e temos um treinador que
sabe muito de basquetebol.