Mentor de
arranque
Concluída, com distinção, a época mais
longa da história do futebol português,
o plantel campeão nacional gozou de
umas merecidas semanas de férias
que se estenderam pelo mês de agosto.
Durante esse período, o mercado global
de transferências viveu na expetativa
do pós-pandemia e de olhos postos no
desenlace das competições europeias.
Tocando apenas os pontos mais altos,
reconstituímos o filme das três primeiras
semanas de pré-temporada de um projeto
competitivo, à imagem do seu mentor.
TEXTO: MANUEL T. PÉREZ
REVISTA DRAGÕES SETEMBRO 2020
12 de agosto
Do Bessa para o Dragão
Onze dias depois da final da Taça de Portugal que selou a dobradinha, a versão
2020/21 do campeão nacional recebeu o primeiro reforço. Rui Filipe Caetano Moura,
mais conhecido no mundo do futebol pela alcunha de Carraça, assinou um contrato
válido por quatro temporadas. Natural de Folgosa da Maia, o lateral direito mudava-
se do Bessa para o Dragão depois de uma temporada em que foi o melhor assistente
axadrezado – a par de Alberto Bueno - e o jogador da Liga com mais remates a partir
de livres diretos. “É um orgulho enorme poder representar um clube como o FC Porto,
com a história do FC Porto. Qualquer jogador sonha jogar num clube como este, um
clube vencedor. Estou muito feliz por vestir esta camisola”, disse o defesa de 27 anos.
13 de agosto
A lenda e a certeza
Lado a lado com um dos maiores - se não o maior - guarda-redes
da história do futebol português, Cláudio Ramos foi a segunda
contratação do FC Porto para a nova temporada. Ainda o beirão
representava os Sub-13 do clube da sua terra natal, Vila Nova de
Paiva, já Vítor Baía era considerado o melhor guardião da Europa pela
UEFA. Em 2020, o internacional português chegou à Invicta e rubricou
um vínculo com os Dragões válido por quatro temporadas. Nas cinco
épocas anteriores, Cláudio Ramos parou 445 remates na Liga e fez
mais 159 defesas do que qualquer outro guarda-redes da competição.
No mesmo período, foi também o maior antídoto às grandes
penalidades, com sete tiros dos onze metros parados. A chamada
de Fernando Santos para um embate frente à Escócia, em Hampden
Park, foi o merecido prémio para o antigo n.º 1 do Tondela, que
participou em 103 jornadas consecutivas ao serviço dos auriverdes.
Aos microfones da FC Porto TV e do Porto Canal, Cláudio agradeceu
os elogios “de uma lenda” como Vítor Baía e mostrou-se “muito feliz”
por representar “um clube muito unido e que vive muito dessa união
com a cidade”. “Espero integrar-me o mais rapidamente possível
nesta família, porque sei que é o maior clube português”, concluiu.
