REVISTA DRAGÕES DEZEMBRO 2020
PARTICIPAÇÕES 1.º OU 2.º NO GRUPO
VITÓRIAS GOLOS
Barcelona 25
Real Madrid 25
FC PORTO 24
Bayern Munique 24
Manchester United 23
Juventus 21
Olympiacos 20
Arsenal 19
Milan 17
Chelsea 17
Real Madrid 25
Bayern Munique 23
Barcelona 22
Manchester United 18
Juventus 18
Arsenal 17
FC PORTO 16
Chelsea 16
Milan 15
Lyon 12
Real Madrid 162
Barcelona 156
Bayern Munique 148
Manchester United 121
Juventus 103
FC PORTO 84
Chelsea 84
Arsenal 83
Milan 74
Paris Saint-Germain 64
Real Madrid 578
Barcelona 533
Bayern Munique 518
Manchester United 388
Juventus 294
Chelsea 292
Arsenal 281
FC PORTO 263
Milan 231
Paris Saint-Germain 199
Pela 16.ª vez na fase a eliminar da Liga dos Campeões, o FC Porto mantém o
hábito saudável de ser um dos melhores entre os melhores, como é costume.
DE OUTRA DIMENSÃO
UMA HISTÓRIA
P
ela frente estavam o
vice-campeão inglês
e detentor do plantel
mais caro do mundo,
o vice-campeão francês, que
está a fazer mais uma excelente
temporada, e o campeão grego,
que na última época causou
estragos na Liga Europa. A
dirigir essas equipas estavam
um treinador que já conquistou
30 troféus e que é considerado
um dos melhores da história
do futebol. Outro que ganhou
quase tudo o que podia ganhar
ao serviço do FC Porto e que
tem prosseguido a carreira com
sucesso no estrangeiro. E outro que
também é português e também
tem protagonizado excelentes
trabalhos por onde tem passado.
As dificuldades foram agravadas
por uma derrota injusta e
manchada por uma péssima
arbitragem no jogo da primeira
jornada, em Manchester, mas
mesmo assim o FC Porto não
vacilou. À quinta jornada, quando
ainda havia um encontro
por disputar, os campeões de
Portugal já estavam qualificados
para os oitavos de final da
competição de futebol mais
prestigiada e difícil do mundo.
O feito está muito longe de ser
inédito. À 24.ª participação
na prova – um número só
ultrapassado por Barcelona e
Real Madrid –, o FC Porto soma 16
qualificações na fase de grupos,
um registo que supera o dobro
do conjunto dos apuramentos
de outros clubes portugueses:
o Benfica conseguiu-o apenas
cinco vezes, o Boavista e o
Sporting uma cada um. Com
Sérgio Conceição como treinador,
em três oportunidades, este
objetivo nunca foi falhado – a
dimensão do feito é realçada
se tivermos em consideração
que alguém como Jorge Jesus,
reconhecido como um dos
mais qualificados treinadores
portugueses da atualidade,
conseguiu apenas uma
qualificação em sete tentativas.
A presença constante do FC Porto
nas fases a eliminar de uma prova
com o grau de dificuldade da Liga
dos Campeões é testemunho da
hegemonia indiscutível do clube
no quadro do futebol português,
que tem raízes no final dos anos
70 e não se esmorece à entrada
para a terceira década do século
XXI. Nos palcos mais complicados,
perante os melhores jogadores
e os melhores treinadores, só os
mais fortes podem sobreviver.
O FC Porto consegue-o
constantemente, e por isso a sua
dimensão já há muito ultrapassou
as fronteiras do país. A escala
do clube é internacional. E em
2020/21 o FC Porto tem, mais
uma vez, uma das 16 melhores
equipas de futebol da Europa.