Por outro lado, quando a sacralidade do instante inicial, de
qualquer que seja a manifestação, for tocada por qualquer
ação/reação, que é sempre de origem astral/emocional e
mental/causal, tem-se aí a consciência conhecida (ilusória), o
surgimento do personagem, a vida efêmera, a impossibilidade
do atravessar, o existir cartesiano. Isso é o Depois do Pensar.
Uma ilustração simplificada disso encontra-se nessa frase
atribuída ao Cristo: "Só em pensardes, adultereis".
Bem, são dois mundos essencialmente distintos, mas de
passagem tênue, imperceptível e por átimos.
UM POUCO SOBRE PESSOA E IMPESSOALIDADE
Toda pessoa pensa em tudo, quase o tempo todo, e é convicta
que tem que ser assim. A Impessoalidade pressupõe o não
pensar por si mesmo, sendo o pensamento apenas mais uma
coisa que pode ou não surgir, como tudo o mais que emerge
do instante presente.
Toda pessoa se baseia no seu passado, nas suas projeções de
futuro, no seu conhecimento, nas suas histórias, nas suas
vaidades, nos seus interesses, nos seus gostos, nos seus
preconceitos. A Impessoalidade se fundamenta em está
disponível para o quer que lhe surja, mas nada que lhe possa
ser atribuído, ou agregado, e que seja algo que apenas passa.
Toda pessoa vive em função do fazer. A Impessoalidade vive
em função do acontecendo.