Portanto, quando não há ninguém, tem-se a igualdade que
todos somos, na Unidade do Absoluto; do contrário, tem-se a
diversidade do relativo onde nada é igual.
O BEM E O MAL
Nesse mundo, existe o bem e o mal; existe a bondade e a
maldade; existe o mau que se faz de bom, e o bom que se faz
de mau; existe humanidade demais e desumanidade também;
existem seres de alma e seres desalmados; existem
passividades e existem agressividades; existem indignações
justas e existem indignações injustas... Contudo, isso são
coisas apenas desse mundo, incapazes de irem além ou
aquém, mas, sobretudo, incapazes de atravessarem a porta
estreita, que é a travessia sagrada do buraco da agulha.
Portanto, na base do bem e do mal, fica-se necessariamente
do lado de cá, nessa dualidade de sempre, condenada por
natureza... Mas, por sorte, o Milagre também existe, e ele
surge inesperadamente, como um ladrão na noite,
transcendendo tudo o que se possa conhecer.
QUANDO HONRAMOS O QUE NOS ACONTECE
Sabemos que a Vida "borbulha" a cada instante, em tudo e
em todos. Em cada qual, este borbulhar é específico e único.
Isto é incessante, não podendo ser de outro modo. Um átimo
de ausência deste eterno viver, seria inconcebível e negaria a
completude da Vida.