chamamos de milagre, e em relação a isso só nos resta
gratidão infinita.
- E quando percebemos que tudo que nos acontece é milagre,
pois em nós e de nós mesmos é percebido que só existe
crença, como nomear aquilo de onde emerge o próprio
milagre de tudo?
Bem, perante esta visão de realidade, onde tudo é milagre,
não há como definir nada, identificar nada, tornar conhecido
nada, mas apenas transbordar de Alegria. Claro, daí pode até
surgir um nome na tentativa de identificar tamanha
transcendência, pois fazer algo assim é próprio desse mundo;
mas, que seja pelo menos um nome de extrema
impessoalidade. Os intervenientes, por exemplo, foram
pródigos e maravilhosos nas nomeações que fizeram desta
Única Realidade.
QUANDO HÁ ALGUÉM VERSUS
QUANDO NÃO HÁ NINGUÉM
Quando há alguém o pensamento é presença sine qua non;
o sentido de separação é essencial; a necessidade de
relacionar-se é quase vital, entretanto, exceto em certas
situações ou acordos, não costuma haver abdicação de
condicionamentos, crenças, interesses e apegos.
Quando não há ninguém, o tempo dos acontecimentos é tão
instantâneo que o ato de pensar, por requerer tempo, é
impedido, exceto em questões técnicas, se estas se
apresentarem meio que compulsórias. Sem ninguém, não há