O corpo mental, que é onde reside a pessoa, é o templo da
espiritualidade; o corpo físico é o templo do Espírito, cuja
morada fica no centro do peito. Por isso os intervenientes não
se cansam de dizer que moramos no coração e não na cabeça.
A consciência pautada na espiritualidade, é a consciência
ordinária, do conhecimento da pessoa; a consciência do
Espírito, é a consciência nua, impessoal, do desconhecido.
Por isso, apenas estando nesta consciência libertada da
pessoa, é que faz sentido dizer, por exemplo, que somos a
Luz, ou que ela se encontra dentro de nós; pois, do contrário,
a pessoa ali permanecendo, iria se achar, no mínimo,
receptáculo do Espírito, o que nada tem a ver.
Só por isso já daria para evidenciar o porquê dos
intervenientes insistirem tanto para não misturarmos
espiritualidade com o Espírito, tanto quanto não devemos
misturar a pessoa com o que realmente somos.
COMPREENDER A ILUSÃO É DIFÍCIL,
COMPREENDER A REALIDADE É IMPOSSÍVEL
No intuito de melhor ser compreendido, Cristo falava de um
modo para uns e de outro modo para outros; vivia e fazia
milagres; mas mesmo assim, nem os mais próximos o
compreendiam. Dois mil anos depois, essa incompreensão só
tem aumentado.