VISÃO
Você já parou para pensar quantas cores
consegue enxergar? E por que as lágri-
mas são salgadas? Os olhos são im-
portantes órgãos do corpo humano
e repletos de curiosidades inte-
ressantes. Duas semanas após
o embrião ser fecundado na
gravidez, eles já começam a
se formar. A formação do
olho (globo ocular) com-
preende a íris, a córnea,
a pupila, a retina, o cris-
talino e o nervo óptico.
Contudo, sua principal
composição são as cé-
lulas fotorreceptoras. A
Dra. Cristiane Rocha,
neuropediatra da Fa-
culdade Santa Marce-
lina, explica que essas
células são capazes de
captar estímulos luminosos,
que são transformados em
estímulos nervosos e transmiti-
dos ao Sistema Nervoso Central
para ativar o sentido da visão. É as-
sim que conseguimos enxergar.
MÁQUINA FOTOGRÁFICA?
Da mesma forma que uma máquina fotográfica,
o olho humano possui uma abertura que permi-
te a passagem da luz, uma lente e um filme,
onde a imagem é formada. Essa abertura
seria a córnea, uma membrana transparente
e protetora do olho, que permite a entrada do
raio de luz e a formação de uma imagem nítida
na retina. A lente seria a íris, a membrana mais visível
e colorida, que fica atrás da córnea e responsável por controlar
a quantidade de luz que entra no olho e chega à pupila. Essa, por sua vez, funciona como o diafragma de uma máquina
fotográfica. Assim, se o ambiente tem muita luz, a pupila se fecha; e se tem pouca, ela é dilatada.
Como esse controle da quantidade de luz é feito na pupila, por meio da íris, é ela quem recebe primeiro a informa-
ção visual. Após passar pela pupila, os raios de luz atingem o cristalino, que projeta os raios luminosos no fundo dos
olhos, onde se encontra a retina, que é a camada de revestimento interno do olho. É nela, que ficam as células fotor-
receptoras, aquelas que captam os estímulos luminosos. Essas células podem ser de dois tipos: bastonetes e cones. Os
bastonetes são muito sensíveis a variações luminosas, mas não distinguem as cores, função essa dos cones. É na re-
tina, por meio das células fotorreceptoras, portanto, que ocorre a formação da imagem e a percepção das cores, ela
seria, então, o filme fotográfico. Após serem captadas e projetadas sobre a retina, as sensações luminosas (visuais)
são enviadas ao cérebro pelo nervo óptico, que é um grosso feixe de fibras nervosas responsável por esse transporte.
Um fato interessante é que o cristalino projeta a imagem captada de ponta-cabeça e é o cérebro que faz a correção
da posição. Segundo a neurologista, ele possui uma elasticidade que o permite alterar a sua forma, para, assim,
captar imagens de diferentes distâncias. Quando o objeto está longe, há um relaxamento dos músculos ciliares (que
circundam o cristalino). Já se o objeto está próximo, a imagem é derivada de uma tensão desses músculos. “Por isso,
quando se fica um longo período olhando apenas para objetos próximos, como quando estamos escrevendo, é ideal
que desviemos o olhar para imagens mais distantes em alguns momentos, para que os músculos relaxem um pouco”,
ensina a médica.
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