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Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Política
sábado, 6 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes
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Guedes escalado para salvar a lavoura
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é a esperança
do bolsonarismo para ampliar o prestígio do governo
depois das frases desastradas do presidente, tais como
"chega de mimimi", "vacina, vai perguntar para a sua
mãe". Por isso, defendeu a vacinação em massa e a
saúde em primeiro lugar, ao participar em lives e
gravações de entrevistas e vídeos, ao lado do relator do
Orçamento deste ano, Marcio Bittar (MDB-AC), e do
relator da PEC Emergencial na Câmara, Daniel Freitas
(PSL-SC). Nesses encontros, Guedes coloca a
vacinação como prioridade para a retomada da
economia e, num dado momento, chega a dizer que,
talvez por "infelicidade", Bolsonaro não tenha falado da
vacina, da saúde, mas, diz Guedes, o presidente se
preocupa com tudo.
O ministro da Economia é, possivelmente, o único que,
desde o início, mantém o uso de máscara e não é visto
em aglomerações. Salvo as solenidades e reuniões às
quais não tem como deixar de ir, mantém o
distanciamento social.
Aposta eleitoral
A avaliação no governo é de que, apesar das
declarações do presidente Jair Bolsonaro, toda a
população estará vacinada no ano eleitoral. Assim, ele
terá o discurso de que trabalhou pela saúde dos
brasileiros. Segundo os bolsonaristas, será suficiente
para chegar ao segundo turno e bater o PT.
Agulhas, a próxima crise
Se já foi difícil conseguir agulhas e insumos em geral
para a vacinação contra a covid-19, a situação promete
ficar pior com a proximidade da imunização contra a
gripe. No ano passado, a aplicação de dose contra a
gripe foi antecipada para março, como forma de ajudar
na triagem de pacientes que procurassem os serviços
de saúde com sintomas comuns às duas doenças. Até
aqui, o governo sequer mencionou qualquer plano que
seja capaz de absorver as duas campanhas.
Eu sou legal
O governo quebra a cabeça para tentar melhorar a
imagem do Brasil no cenário internacional. Depois do
alerta feito pela Organização Mundial da Saúde sobre a
situação dramática da pandemia no país, é preciso
reforçar as boas ações. O foco será o agro, o auxílio
emergencial e a queda menor da economia em relação
aos países europeus.
Passa rápido
Diante da corrida para pagar o auxílio emergencial, a
base do governo terá pressa em votar logo a PEC
Emergencial. É que, quanto mais demorar, mais
visibilidade terá o movimento da oposição para elevar
as parcelas de R$ 250 previstas e os "jabutis"
embutidos na proposta de emenda constitucional.
Livre para lutar/ O ex-deputado Alberto Fraga já avisou
a amigos que não vai assumir nenhum cargo de
segundo escalão no governo. Embora tanto o Denatran
quanto a diretoria de governo do Banco do Brasil sejam
postos de destaque, ambos limitam seus movimentos
políticos. Especialmente os ataques ao governador