Clipping Banco Central (2021-03-06)

(Antfer) #1

China prevê crescer 6%, pouco para seus padrões, neste ano


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 6 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

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Autor: Igor Gielow


são paulo O governo chinês estabeleceu uma meta de
crescimento do seu PIB (Produto Interno Bruto) para
no mínimo 6% em 2021, após o tombo histórico devido
à pandemia do novo coronavírus, originada no país na
virada de 2019 para 2020.


O número é modesto, na visão de analistas, e reflete a
preocupação do governo de tentar arrumar suas
finanças e reduzir o débito fiscal da segunda maior
economia do mundo - com um PIB em 2020 de US$ 15
trilhões, a China só fica atrás do rival Estados Unidos,
com US$ 21 trilhões.


Para comparar, o PIB brasileiro foi de US$ 1,42 trilhão,
usando ao cotação média do dólar ao longo do ano
passado, com queda de 4,1%. A economia chinesa é
vital para o Brasil: o país asiático é seu maior parceiro
comercial.


A prudência chinesa, segundo analistas, decorre das
incertezas acerca da retomada da economia mundial,
ainda sob impacto daCovid-19, e da renovada


competição proposta pelos EUA em sua Guerra Fria
2.0.

Em 2020, com a crise, o país abandonou a meta de PIB.

A China j á vinha numa desaceleração, tendo crescido
6% em 2019, ante números que chegaram a mais de
14% no passado recente. Ao fim, expandiu-se 2,3%,
melhor dado entre as grandes economias.

Ainda assim, foi o menor índice em 44 anos. Mesmo
com analistas acreditando que o país superará o
crescimento de 8% em 2021, o premiê Li Keqiang
afirmou que "nós levamos em conta a recuperação da
atividade econômica".

Ele apresentou os dados no seu relatório de trabalho
anual ao Congresso Nacional do Povo, que ocorre nas
cerimoniais Duas Sessões, na qual o órgão legislativo
reúne seus quase 3.000 delegados em Pequim para
ouvir a voz do mestre, o Partido Comunista.

A outra sessão é da Conferência Consultiva Política do
Povo Chinês, uma entidade de assessoramento do
governo.

O déficit chinês, por sua vez, entrou no foco. O país viu
subir de 2019 para 2020 a proporção de endividamento
em relação ao PIB de 246,5% para 270%. São números
astronômicos, mas o tamanho da economia chinesa
permite tais dívidas.

Mas o governo se diz preocupado com a situação atual.

Assim, o déficit do governo central teve sua meta
reduzidapara3,2%doPIB, ante os 3,7% registrados em
2020.

"O objetivo é mostrar que nós devemos focar
crescimento de melhor qualidade", afirmou um assessor
de Li, Yao Jingyuan, à agência Reuters.

Com a meta mais modesta de crescimento, é aberto
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