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Da aceitação às urnas, há muito trabalho pela frente


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O Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 7 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Márcia Cavallari


Os resultados de uma pergunta sobre potencial e
rejeição de voto podem ser considerados como o capital
político de um candidato. É o saldo de tudo que ele
acumulou em sua trajetória política, tanto no que diz
respeito às expectativas e percepções em relação a ele,
como também na sua rejeição. É a base a partir da qual
poderá iniciar uma campanha eleitoral.


A pergunta sobre o potencial de voto é feita
individualmente para cada candidato, por isso não pode
ser interpretada como uma pergunta de intenção de
voto, na qual o eleitor faz uma escolha comparativa
entre vários nomes. O eleitor reflete sobre determinado
candidato e responde se com certeza votaria nele, se
poderia vir a votar, se não votaria de jeito nenhum ou
ainda se não o conhece o suficiente para poder opinar.
As respostas não são excludentes entre candidatos.
Esses resultados podem mudar ao longo de uma
campanha eleitoral: alguns ficam mais conhecidos e
conseguem construir uma imagem mais positiva,
aumentando o seu potencial de voto; outros ficam mais
conhecidos, mas aumentam a sua rejeição.


O fato é que os candidatos mais conhecidos têm uma
rejeição mais consolidada, e por isso o trabalho para
revertê-la é maior e mais árduo. Já os candidatos que
apresentam um índice de desconhecimento maior
podem conseguir reverter a rejeição mais facilmente,
porque parte da rejeição pode vir pela falta de
conhecimento do candidato.

Esta pesquisa nacional realizada pelo IPEC (Inteligência
em Pesquisa e Consultoria) mostra que, entre os
possíveis candidatos à Presidência da República, Lula e
Bolsonaro são os mais conhecidos. Apenas 4%
declaram que não os conhecem o suficiente para opinar
sobre eles. Os demais nomes testados apresentam
proporções que variam de 13% a 37%. O fato é que,
hoje, os níveis de rejeição de todos os candidatos
testados variam de 44% a 59%, mas os de Lula e
Bolsonaro são os mais consolidados porque são os
mais conhecidos. Eles apresentam rejeições mais altas
em segmentos sociodemográficos distintos - enquanto
Lula tem rejeição mais forte entre homens, eleitores de
45 a 54 anos, residentes no Sul e no Sudeste, aqueles
com nível superior e os que têm renda mais alta,
Bolsonaro atinge os seus maiores índices de rejeição
entre mulheres, jovens de 16 a 24 anos, pessoas com
nível superior, residentes na região Nordeste e entre os
que têm renda mais baixa.

Em suma, ambos terão muito trabalho pela frente!

DIRETORA DO IPEC, INTELIGÊNCIA EM PESQUISA
E CONSULTORIA.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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