Clipping Banco Central (2021-03-07)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - País
domingo, 7 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Ministério da Fazenda

durante o governo Bolsonaro, o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) soltou um edital
prevendo a compra de R$ 3 bilhões de equipamentos
para a rede pública de ensino. A Controladoria-Geral da
União (CGU), órgão de controle do governo, sentiu
cheiro de queimado. Afora os indícios de
direcionamento, 355 colégios receberiam mais de um
laptop por aluno, 46 ganhariam mais de dois, e um
deles, em Itabirito (MG), teria direito a 30 mil, 118 para
cada aluno.


A CGU funcionou. O edital foi suspenso e logo depois
cancelado, mas até hoje ninguém explicou como e por
quem foi produzido o jabuti. Nem em pizza deu, deu em
nada.


Recordar é viver Em 1969, um comando da Vanguarda
Armada Revolucionária roubou um cofre guardado na
casa da namorada do ex-governador paulista Adhemar
de Barros. Quando o arrombaram, encontraram cerca
de US$ 2,5 milhões de dólares (algo como US$ 18
milhões de hoje). Parte do ervanário ainda estava com
as cintas de papel de um banco suíço.


A poderosa máquina da ditadura identificou quinze
pessoas envolvidas no assalto. Quatro foram mortos e
sete foram presos nos meses seguintes. Um deles
morreu sob tortura num quartel. Sua autópsia, feita no
Hospital Central do Exército, apontou dez costelas
quebradas e pelo menos 53 marcas de pancadas.


Imenso foi o esforço para se descobrir o que foi feito
com o dinheiro. Nula foi a curiosidade para saber como
ele foi parar no cofre. Adhemar era conhecido por ter
uma "caixinha" e apreciava o slogan "rouba, mas faz".


Com a ajuda de um amigo militar, a dona da casa
sustentou que o cofre estava vazio. Nem em pizza o
cofre do Adhemar deu. Deu em nada.


A ditadura negava que torturasse presos e orgulhava-se
de ter uma Comissão Geral de Investigações para caçar
corruptos. A época, era presidida por generais.


TARCÍSIO ESTÁ NOUTRA


Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura, só convive
com as moscas de padaria. Não é candidato a nada e
não quer ser. Até porque já decidiu: quando sair do
governo, irá para a iniciativa privada.

GUEDES E MARITZA IZAGUIRRE

Outro dia, o ministro Paulo Guedes disparou uma
urucubaca: "Para virar a Argentina, seis meses; para
virar Venezuela, um ano e meio."

Misturou cloroquina com cloro de piscina. A Argentina
teve projetos liberais mal conduzidos e fracassados. Na
Venezuela, isso nunca aconteceu. O projeto de
demagogia miliciana de Hugo Chávez era político.

Em 1999, quando o coronel Chávez assumiu, o tal de
"mercado" torceu para que a manutenção de Maritza
Izaguirre no Ministério da Fazenda garantisse alguma
racionalidade. Um ano depois, Izaguirre foi substituída e
voltou para o Banco Interamericano de
Desenvolvimento.

Chávez chegou prometendo "mercado até onde for
possível e Estado apenas onde for necessário". Era
lorota.

SONHAM ACORDADOS

Quando o governador João Doria anunciou que em
janeiro começaria a vacinação em São Paulo, o
secretário executivo do Ministério da Saúde, coronel da
reserva Elcio Franco (aquele que usa brochinho de
crânio atravessado por uma faca) , disse o seguinte: -
Senhor João Doria, não brinque com a esperança de
milhares de brasileiros, não venda sonhos que não
possa cumprir, prometendo uma imunização com um
produto que sequer possui registro nem autorização
para uso emergencial.

No dia 17 de janeiro, foi vacinada no Hospital das
Clínicas a enfermeira Mônica Calazans.

JOGO JOGADO
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