Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Opinião
domingo, 7 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
condenado por negligência na guerra das Malvinas,
tendo sido anistiado depois por lei especial. A guerra
contra a Covid-19, assim como na guerra tradicional,
leva a morrer pela pátria, como no caso do pessoal da
linha de frente médica,
quesearriscaamorrerparasalvarvidas. Desde o início da
pandemia, segundo dados oficiais, quase mil mortes de
profissionais de saúde - médicos, enfermeiros, técnicos
- foram registradas.
Defender a saúde pública é dever das autoridades do
país, e nenhuma delas, por mais elevado que seja seu
cargo ou posto, pode desconhecer o perigo de morte, se
omitir ou dificultar o seu combate, segundo juristas.
Qualquer autoridade que não lute pela preservação da
vida ameaçada por uma crise de saúde pública comete
"crime de responsabilidade", e seus atos devem ser
apreciados e julgados. Sobretudo quando mais de 260
mil pessoas já morreram, grande parte por negligência
governamental.
"Todo mundo vai morrer um dia", disse o presidente
Bolsonaro ao comentar o número de mortes pela
pandemia. Mas apressar a morte em uma pandemia por
falta de oxigênio, de leitos de UTI, ou de vacinas, é
crime.
Se estivéssemos em guerra contra outro país, e não
contra um vírus, comportaríamos tendo um líder como
nos como Bolsonaro?
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil 1 - Paulo
Guedes