Clipping Banco Central (2021-03-07)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
domingo, 7 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

"Novos avanços dependerão de fatores como a
contenção da atual onda de covid-19, da aceleração do
programa nacional de vacinação e da chegada da
rodada de auxílio emergencial que vem sendo
negociada entre o Executivo federal e o Congresso",
destaca a entidade.


Apreensão


O economista-chefe da RPS Capital, Gabriel Leal de
Barros, destaca que o governo precisa trabalhar com o
Legislativo pela aprovação de marcos legais e de
reformas estruturantes, em especial, a tributária, para
não se distanciar dos agentes econômicos. De acordo
com ele, outro importante recado que a classe política
pode passar neste momento para evitar instabilidades
no mercado é o compromisso com a austeridade fiscal.


"O mercado está nervoso e desconfiado. Há muitos
desequilíbrios na economia brasileira, e os investidores
estão apreensivos se Congresso e governo vão
conseguir endereçar esses problemas. A economia
brasileira está em um equilíbrio muito tênue. O fiscal é o
calcanhar de Aquiles, a maior fragilidade que a gente
tem, e é necessário aprovar a agenda de reformas para
resolver esses desequilíbrios", analisa. Barros alerta
que é crucial que pelo menos alguma dessas pautas de
cunho econômico avance até setembro.


"Se demorar mais, teremos uma desorganização
socioeconômica. O desemprego vai aumentar e, na
esteira do desemprego, há o aumento da desigualdade
e da informalidade. Esse colateral negativo no mercado
de trabalho tem repercussões políticas. Se esse cenário
se materializar, é possível que o Congresso abandone a
agenda e tente proteger essas pessoas gastando mais
dinheiro. E aí, há uma nova rodada de piora fiscal.
Ninguém quer isso."


Petrobras


Economista-chefe da Necton Investimentos, André
Perfeito pondera que a urgência para algumas
demandas políticas, como a mudança na Petrobras por


conta dos preços dos combustíveis e o corte de
impostos sobre o gás de cozinha, tem atrapalhado a
análise de temas econômicos. Por isso, há um
sentimento difuso no mercado financeiro de que, hoje,
as reformas não têm espaço na agenda do governo.
Esse é outro ponto que precisa ser ajustado.

"A construção de uma credibilidade na agenda, de novo,
demora. O problema do Brasil é a falta de planejamento.
Esse plano tem que ser pensado o tempo todo. Como o
presidente Bolsonaro sinalizou, talvez tenhamos
chegado a alguns limites políticos que dificultam o
ajuste econômico. Se o cenário está complexo, o
mercado intui que não vai ser simples resolver essas
questões. É mais um problema que Bolsonaro precisará
administrar."

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