Clipping Banco Central (2021-03-07)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
domingo, 7 de março de 2021
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Em outra frente, o senador vem atuando para construir
uma ponte entre Pacheco e Pazuello. ha cerca de dez
dias, Flávio acompanhou o presidente do Senado em
reunião na pasta para discutir proposta para solucionar
o impasse que impedia o governo de comprar as
vacinas da Pfizer.


O projeto de lei acabou redigido na noite daquele
mesmo dia na residência oficial do Senado, por
Pacheco, Flávio e o líder da oposição, Randolfe
Rodrigues (Rede-AP). Flávio e Randolfe passaram
anoite ligando para outros parlamentares, negociando
um texto que tivesse rápida tramitação.


Aliados de Pacheco minimizam o encontro,
argumentando que o presidente do Senado procurou
um líder da oposição e um governista para buscar um
texto de consenso. Outros parlamentares, no entanto,
ressaltam a influência política do filho do presidente.


"Ele está cumprindo as vezes de líder do presidente da
República. Por exemplo, na elaboração do projeto de
lei, ele claramente amou representando o pai. Ficou
patente isso, na intervenção dele desde o primeiro
momento. De fato, ele tem sido mais protagonista",
afirmou Randolfe.


Lideranças do governo no Congresso e senadores
aliados de Flávio refutam a tese de que ele está mais
atuante. Afirmam que sua atuação parlamentar está no
mesmo nível desde o início de seu mandato, em
fevereiro de 2019.


"O senador Flávio Bolsonaro sempre foi muito ativo,
sempre ajudou o governo. Pouca gente sabe, mas ele é
vice-líder do governo no Congresso, é um senador com
excelente relacionamento com os demais, mesmo com
a oposição. Então é natural que ele atue em defesa do
governo", afirmou Gomes.


Procurado, Flávio Bolsonaro não quis se manifestar.


Enquanto Flávio tem uma amação mais de bastidor,
Eduardo tem multiplicado as frentes para impulsionar a
agenda do pai, em especial pautas econômicas e que


dizem respeito a armas - com o uso particular de redes
sociais.

O deputado tem defendido, em posts, as pautas do
ministro Paulo Guedes (Economia), como a medida
provisória que define regras para a privatização da
Eletrobras e o projeto de lei que abre caminho para a
venda dos Correios.

Ele também usa as redes sociais para apoiar a
ampliação deporte e posse de armas. Em uma
postagem, afirmou que "demonizar" a prática de tiro "é
parte do plano ditatorial da esquerda: encher as leis de
burocracias para não se ter um controle e sim uma
restrição às armas".

Eduardo, opositor declarado do ex-presidente da
Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), também faz questão
de exibir o bom relacionamento com Lira. Em 8 de
fevereiro, postou foto de uma reunião que teve com o
líder do centrão na qual falaram sobre a reforma
administrativa, que está na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) da Câmara, e sobre a autonomia
do Banco Central, aprovada dois dias depois.

Nos bastidores, deputados dizem que, com um aliado
no comando da Câmara, Eduardo está mais solto.

Para a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), a
maior desenvoltura de Eduardo na Câmara tem relação
direta com o apoio que o governo deu a Lira em sua
eleição. "É evidente que não só Eduardo Bolsonaro,
mas todos os bolsonaristas estavam se sentindo muito
mais soltos", afirmou.

Melchionna diz que a prisão do deputado Daniel Silveira
(PSL-RJ) ajudou a controlar apressão em favor da
aceleração de uma agenda conservadora. "Mas de
qualquer maneira a gente vê o Eduardo Bolsonaro
voltando à sua forma original, tanto no Twitter, nas
coisas que posta, quanto na articulação de pautas da
extrema direita que fazem muito mal ao país, ainda mais
neste momento da pandemia."

Eduardo também protege aliados do pai. Fez postagens
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