Clipping Banco Central (2021-03-07)

(Antfer) #1

O terror do mundo


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
domingo, 7 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Janio de Freitas


O Brasil passou a ser visto como um imenso vírus
assassino


O Brasil é um perigo para o mundo. Assim esta posta a
opinião das autoridades, do jornalismo e dos mais
informados mundo afora. Não é Bolsonaro, não é o
governo militarizado e desatinado, mas o Brasil E está
certo: é o país que, dividido entre os voltados para seus
interesses, os acovardados e a grande massa dos
pobres de conhecimento, permite um governo que se
alia à morte em massa, constrói por sabotagens a
calamidade social e atraiçoa os objetivos do país como
trai a população.


O Brasil, visto do mundo, é um imenso vírus assassino,
composto pela infinidade de vírus letais que correm,
livres, de um brasileiro a outro. E deste seu paraíso
deixam-se levar, pelos meios mais insidiosos, para
frustrar países que lutam contra a ferocidade
pandêmica.


Esse capítulo faltava na história da inciviiização


brasileira. O seu fim desconhecido, caso não seja
abreviado, contém hipóteses terríveis. Uma delas, por
exemplo: a contaminação, já com novas e mais
perigosas variantes do vírus, continuará aumentando,
com reflexo direto nas restrições internacionais ao
Brasil. O medo de contaminação de produtos brasileiros
não será surpreendente, resultando em caos alimentar
interno e cortes arruinantes de exportações, com
desarticulação de toda a economia. O que aí pareça
exagero e pessimismo é uma possibilidade já
considerada entre técnicos mais lúcidos.

O mundo conhecia o Brasil folclórico, musical,
carnavalesco em tudo e imoral não só na corrupção
escancarada. Descobre o Brasil propriamente dito, das
massas relegadas e impotentes, do servilismo político e
administrativo ao militarismo mais primário, da
condução nacional conforme ao gosto avaro e
ganancioso das classes possuidoras. Tudo isso
sintetizado em 260 mil mortes, tantas delas feitas pelo
descaso do governo, e expressado na ameaça ao
mundo -uma espécie de Bin Laden em dimensões
continentais.

Nas duas últimas semanas, o Supremo, atuais e ex-
procuradores da República respeitáveis, governadores,
prefeitos, secretários, a rediviva ABI, cientistas, médicos
e uns poucos parlamentares saíram ao enfrentamento
do exército de ampliadores do Brasil mortífero. São um
início, uma promessa, se não arrefecerem como é
próprio das boas iniciativas do Brasil. Tudo, em nosso
futuro, depende disso.

Bia kicis na presidência da Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara, com sua condição de investigada no
Supremo por comprovadas pregações contra a
democracia e a Constituição, seria um desaforo do seu
protetor Arthur Lira e da própria Casa aos cidadãos e,
em particular, ao STF.

Aécio Neves na presidência da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara, como pagamento ao seu golpe
no PSDB para ajudar a eleição de Lira, é uma
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