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Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada
domingo, 7 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Victoria Azevedo


Rachel Maia


A diversidade hoje é parte do negócio


Uma das poucas personalidades negras que chegaram
ao topo do mercado corporativo no Brasil, executiva
lança livro sobre sua trajetória


Ao longo dos 30 anos de universo executivo, Rachel
Maia, 50, conta que teve diversos momentos
"remarkables" [marcantes]. Ela cita, por exemplo, a vez
em que "quase jogou" sua filha no colo do papa
Francisco, em visita que o pontífice fez ao Brasil, e
quando quebrou protocolos e abraçou o ex-presidente
dos Estados Unidos Barack Obama em um evento.


"Quem aprovou a lista para estar ali foi o FBI!",
relembra. "Fui convidada a sentar na primeira fila [da
platéia]. Do meu lado estava o José Roberto Marinho.
Atrás de mim, o Ronaldinho fenômeno. E eu lá na
frente. Não tem preço", segue.


Na hora de posar para fotos, diz que foi "ousada".
"Perguntei se podia abraçar, sendo que o protocolo era
claro: ' Não fale e não faça nada. Ele me disse que
gostava de tirar foto com mulher alta, que a Michelle
[Obama, ex-primeira-dama] era super alta, assim como
eu. Fiquei bem na foto, eu lá abraçada com o Obama",
diz, entre risos.

O encontro com o ex-presidente é uma das histórias
que Rachel narra em seu primeiro livro, "Meu Caminho
Até a Cadeira Número 1", que será lançado nesta
segunda-feira (8) pela editora Globo livros. Na obra, ela
conta sobre sua trajetória de mulher negra, caçula de
sete irmãos, vinda de Cidade Dutra, no extremo sul da
cidade de São Paulo. E compartilha suas convicções
sobre o mercado de trabalho.

A executiva é uma das poucas personalidades negras
que chegaram ao topo do mercado corporativo no
Brasil, tendo passado pela presidência das joalherias
Pandora e Tiffany, e da marca Lacoste - que deixou no
ano passado.

Em 2018, fundou a RM Consulting, voltada ao
desenvolvimento de altos executivos. Ela também
participa de diversos comitês, entre eles o conselho de
administração do Grupo Soma e o conselho consultivo
da Unicef no Brasil, que preside. Ela afirma que recebe
cerca de 200 convites por mês para dar palestras.

Filha de Antônio Maia, que trabalhou como faxineiro da
Vasp (Viação Aérea SP) e se aposentou como técnico
na empresa, e Maria Maia, dona de casa, Rachel
estudou em escola pública e é formada em ciências
contábeis na FMU.

Trabalhou por sete anos e meio na 7-Eleven, rede de
lojas de conveniência americana. Quando saiu da
empresa, usou o dinheiro da rescisão para estudar
inglês no Canadá. Na volta, amou em uma farmacêutica
antes de entrar na joalheria - e não parou mais.

A ideia como livro, diz, é encorajar outras mulheres a
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