Clipping Banco Central (2021-03-07)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 7 de março de 2021
Banco Central - Perfil 2 - TCU

mas recentemente foi envolvida no lançamento do
satélite 100% nacional e vem atraindo a atenção dos
militares.


Em 2019, a empresa chegou a contar com seis militares
em sua diretoria, incluindo o presidente. Atualmente,
eles estão em três diretorias da empresa.


O historiador Carlos Fico não identifica benefícios na
militarização de empresas. Chama a atenção para a
falta de expertise de militares em funções específicas da
vida empresarial. Também em sua avaliação, militares
têm inapetência para debates, por exemplo, comuns em
órgãos colegiados, o que fragiliza a gestão.


Professor de história da UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro) e especialista em temas militares, Fico
afirma ver risco não apenas no que chama de
promiscuidade das Forças Armadas com o governo mas
também na incapacidade de essa associação ser bem-
sucedida.


Zaverucha e Fico citam o papel do ministro da Saúde, o
general da ativa Eduardo Pazuello, no enfrentamento à
pandemia para demonstrar que militarização não é
sinônimo de eficiência. Especialistas em saúde apontam
várias falhas em sua gestão - entre as mais graves
estão a falta de oxigênio em Manaus e o atraso na
compra e aplicação de vacinas contra a Covid-19.


Vários outros levantamentos mostram o avanço de
militares em outros escalões da atividade pública
federal.


Em levantamento de julho de 2020, o TCU (Tribunal de
Contas da União) apontou que existiam, até aquele
momento, 6.157 militares exercendo funções civis na
administração pública federal. Em 2016, eram 2.957. Ou
seja, o número mais que dobrou nesses quatro anos.


O levantamento do TCU também mostrou que cresceu
34,5% a presença de militares em cargos
comissionados. Eram 1.950 em20i6, subindo para2.643
no ano passado.


Já em cargos ligados à saúde, a presença de militares
aumentou 94,55% no mesmo período. Outra alta
significativa foi na contratação de temporários, que não
existiam antes e passaram a ser 1.969 em 2020.

Em 2020, outra reportagem da Folha mostrou que a
presença de militares da ativa do Exército, Marinha e
Aeronáutica em cargos comissionados de órgãos do
governo cresceu 33% em um ano e meio de gestão
Bolsonaro. Na época, eram 2.558 militares em ao
menos 18 ministérios, entre eles Saúde, Economia,
Família e Minas e Energia.

Além das empresas subordinadas a ministérios civis, os
militares ocupam cargos de destaque nas estatais
vinculadas ao Ministério da Defesa. São 32 cargos em
três empresas: a Amazul (que tem entre suas funções a
tutela do programa nuclear), a Emgeprom (que
desenvolve projetos de engenharia para Marinha) e a
Imbel (fabricante de, entre outros produtos, armas e
munições).

Com eles, a soma de cargos ocupados por militares nas
estatais da União sobe para 123.

Os civis estão entregando poder para os militares.
Colocar é fácil, mas há um preço para tirar Jorge
Zaverucha professor do depto. de ciência política da
UFPE

Presença de militares em cargos e conselhos de
estatais no atual governo chega a ser 10 vezes a da
gestão passada

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