Adega - Edição 185 (2021-03)

(Antfer) #1

50 |^ Revista ADEGA -^ Ed.185


TIPOS DE TAÇAS
DE VINHO

BÁSICAS


Tinto (Cabernet)
Este tipo de taça é frequentemente usado como “universal” para tintos,
pois tem um bojo amplo, mas não muito largo. Isso dá ao vinho mais
área de superfície, permitindo que ele se oxide ou respire. A oxidação
suaviza os taninos presentes nos tintos, aprimorando o sabor e liberando
os aromas naturais. A forma direciona o vinho para o centro do paladar, o
que ajuda a atenuar os efeitos dos taninos, que produzem uma sensação
de secura na boca.

Pinot Noir
Para tintos mais delicados, como os feitos com a variedade Pinot Noir,
por exemplo, o indicado são taças de bojo mais amplo especialmente
perto da base e abertura mais estreita. Com isso, liberam-se os
aromas sutis e delicados do vinho, permitindo que uma grande área
de superfície seja exposta ao oxigênio, e a forma retém os aromas na
taça. A taça direciona o vinho para a frente da boca, o que acentua os
sabores doces enquanto equilibra os ácidos.

Branco
As taças para brancos precisam ter formato menor e serem mais
estreitas para concentrar os aromas mais sutis desses vinhos. Esse
formato estreito combinado com uma abertura também estreita, ajuda
a manter o vinho mais resfriado. O líquido é direcionado para o centro
da língua para destacar os sabores delicados enquanto reduz as notas
ácidas. Ele também serve para rosés.

Espumantes
As taças de espumante mudaram
muito ao longo do tempo. Antes
convencionava-se usar um
formato baixo, de bojo baixo e
abertura larga, mas isso há muito
foi ultrapassado (apesar de alguns
tradicionalistas ainda defenderem
seu uso em Champagnes Vintage).
Passou-se então para o uso das
flute, ou “flautas”, taças alongadas
em que a festa das borbulhas
fica mais evidente, em prejuízo
da apreciação dos aromas.
Atualmente o mais indicado são
as chamadas “tulipas”, taças
com bojo de base estreita que
se alarga e termina com uma
abertura relativamente estreita,
lembrando o formato da flor
que lhe dá
nome. Isso
faz com que
as bolhas
tenham seu
espaço,
ajudem a
desprender
os aromas e
a apreciação
dos sabores
seja mais
intensa.

Doces
As taças para vinhos doces ou fortificados geralmente são menores
e têm bojo pequeno com abertura também estreita. O tamanho
concentra os aromas e a pequena abertura direciona a bebida para
o centro do paladar, realçando os tons adocicados. Há variações
clássicas dependendo do tipo de vinho, como Sauternes, Jerez,
Madeira, Vinho do Porto etc.

Saiba mais sobre
as tulipas

Flute Tulipa Porto Madeira Doce Jerez Sauternes

C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K

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“AVANÇADAS”
Bordeaux
Maximilian Riedel, herdeiro
da Riedel, uma vez disse:
“Quanto maior o vinho, maior
a taça”. Para grandes tintos de
Bordeaux, você certamente vai
precisar de uma taça também
avantajada, alta, de bojo amplo,
mas não muito largo, para
maximizar a exposição do vinho
ao oxigênio. O formato ajuda a reduzir os
efeitos dos taninos, concentrando o vinho na
parte de trás da língua.


Borgonha
Se você aprecia Pinots da
Borgonha, vai precisar de
uma taça apropriada para
a variedade. No caso dos
Borgonhas, geralmente
mantém-se o bojo bem
amplo com abertura estreita
para concentrar os aromas.
Contudo, uma abertura levemente
convexa vai permitir que o líquido se
espalhe por mais áreas do paladar,
ampliando as sensações.

Chardonnay
Para apreciadores de Chardonnay,
o melhor formato de taça seria um
com bojo mais amplo e abertura
também mais ampla do que as
que se convencionam usar para
outros vinhos brancos. A maior
área de superfície exposta ao
ar permite que os delicados
aromas da Chardonnay se abram para revelar
seu potencial. A abertura espalha o vinho
uniformemente pelo paladar, o que equilibra as
complexas camadas de sabor.
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