Clipping Banco Central (2021-03-09)

(Antfer) #1

TENDÊNCIA DE TURBULÊNCIA ATÉ 2022


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
terça-feira, 9 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: IVAN MARTÍNEZ-VARGAS


ENTREVISTA Silvio Campos Neto, SÃ"CIO DA
CONSULTORIA TENDÊNCIAS


A economia brasileira, atingida pela pandemia e pelo
avanço lento na agenda de reformas, pode ficar mais
desgastada caso haja acirramento da polarização entre
Lula e Bolsonaro, diz Silvio Campos Neto, sócio da
consultoria Tendências.


Do ponto de vista econômico, quais são os efeitos da
decisão do ministro Edson Fachin?


Há preocupação com um sucesso eleitoral do ex-
presidente Lula, dado que o grupo político que o apoia
tem uma visão econômica bastante heterodoxa, crítica
às reformas trabalhista e da Previdência, ao teto de
gastos. O segundo foco de preocupação é com a
polarização, que pode dificultar o surgimento de uma
terceira via, que aos olhos do mercado seria uma saída
mais interessante.


Isso pode inviabilizara aprovação de reformas como a


tributária e a administrativa?

São reformas complicadas, que envolvem engajamento
do governo e convencimento da sociedade. Um próximo
governo Bolsonaro teria as mesmas dificuldades
políticas que vemos hoje, e um eventual governo Lula
teria dificuldades porque é um grupo político que tem
como base de apoio, por exemplo, movimentos ligados
ao funcionalismo público, resistentes a uma reforma
administrativa. Na reforma tributária, há disputas
entre setores da economia, entre regiões. A dificuldade
maior é coordenar politicamente tudo isso.

Em um cenário de polarização com Lula, Bolsonaro
pode expandirogasto público?

Há duas possibilidades, a de ser mais populista e ter
aumento de gastos no momento em que a pandemia
ainda exige um suporte maior, mas também a de
eventualmente tentar se diferenciar do que seria uma
gestão petista.

Qual o cenário econômico para os próximos dois anos?

A tendência claramente é de turbulência. Temos ainda
um ano difícil de pandemia pela frente. No ano que vem,
o cenário é de preocupações eleitorais.

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ENTREVISTA

Christopher Garman, DIRETOR-EXECUTIVO DO
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MAIOR RISCO A REFORMAS VEM DA PANDEMIA

O diretor-executivo da consultoria Eurasia Group para
as Américas, Christopher Garman, não espera uma
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Ele diz ainda que Lula pode se reaproximar do mercado.

Do ponto de vista econômico, quais são os efeitos da
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